Você também é o culpado.

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Meu corpo todo se arrepia e fico paralisada na cama, segurando os lençóis em meu corpo despido.
- Amor? - Nathan se aproxima e senta à minha frente. - Temos que ir. - Passa a mão em meus cabelos.
- Ela acordou? - pergunto automaticamente sem esboça reação.
- Sim. - ele diz olhando em meus olhos. - Algum problema em relação a isso? Parece não está feliz.
- Eu... - Pisco meus olhos nervosa - Eu estou feliz. Não sabe o quanto esperei por isso. Mas parece que não me preparei para... - Paro no meio da frase.
Não me preparei para um diálogo com Renatta. Sei que agora ela poder está lembrando de tudo que aconteceu na praia e pode está me odiando nesse exato momento.
Queria tanto ter provas de que não fui eu à culpada pelos erros dos outros.
- Está insegura do que pode vir? - Nathan afaga meu joelho coberto.
- Sim. - abaixo a cabeça. - Sei que quando pisar naquele hospital , não sei qual vai ser a reação de Renatta ao me ver. Não sei o que vai ser da nossa amizade de tantos anos.
- Amor, vai dar tudo certo.
- E se não der? - o encaro
- Pare de ser pessimista. Isso só faz você criar barreiras para você mesma.
- Nathan, eu...
- Para! - Sua voz é dura comigo - Olha para mim. - ele manda e obedeço. - O que irá fazer agora?
Hum?
- O que irei fazer?
- Eu te perguntei semana passada. Não estou certo? - Afirmo com a cabeça me lembrando da nossa conversa no hospital - Você me respondeu que ira tenta limpar sua barra, já que sua única esperança está morta.
- Sim, eu me lembro disso.
- Então quero que você de o seu jeito e concerta isso. Você tem capacidade. - ele diz a mim e sorri. - E se precisar de ajuda vou esta ao seu lado. - Ele se aproxima e me beija suavemente.

Pov. Renatta Catter

Me sinto estranha, meu corpo não esta no estado de dor. Onde eu sentia dor nos braços, pernas ,costas e no peito. Mas agora esta tudo no estado de dormência. E minha... Minha garganta esta pegando fogo.
Um bip, mais ou menos conhecido por mim toca bem longe. E minha consciência aos poucos vai voltando. Abro meus olhos e vejo Branco... E Tudo esta limpo e branco.
Meus olhos acostuma com a claridade e movo minha cabeça para o lado explorando o lugar.
Minha mãe esta com os braços cruzando apoiando a cabeça neles na cama. Ergo minha mão e afago seus cabelos castanhos e a chamo
- Mãe...- minha voz sai fraca e minha garganta protesta. - M...ã...e.
Ela se mexe e lentamente levanta a cabeça, seus olhos castanhos iguais aos meus de imediato arregala.
- Filha. - Sua voz sai trêmula e seus olhos enche de lágrimas.
- M...ã...e. - Digo
- Oh minha querida. - ela se levanta e pega um aparelho acima da minha cabeça para chamar os médicos.
Ela me encara e a carecia meus cabelos delicadamente. - Graças a Deus minha menina acordou. Graças a Deus... Como se sente ?
- Estranha. - digo a ela.
- Já, já os médicos estara aqui para te ver.- Ela ainda a carecia meus cabelos
-  O que houve? Não me lembro muito bem do que aconteceu. Só me lembro de algo atingir meu carro... E do Nathan.- Me lembro dele antes de perder a consciência.
- Oh minha querida é uma longa história. Não quero te perturba com essas coisas, o importante é que você acordou e esta... Bem.- Esse "Bem" dela não saiu confiante.
- Que dia é hoje? - pergunto.
A porta se abre e uma enfermeira entra e a pergunta que fiz foi esquecida.
- Seja Bem vinda de volta Sra. Catter- Ela me saúda. - Vou medir seus sinais vitais.


Pov. Camilla Myller

Chegando ao hospital, meu coração parece que vai sair pela boca. Estou de mãos dadas com Nathan e elas soam só de nervoso.
Assim que chegamos na frente da porta do quarto eu travo no lugar.
- Que foi? - pergunta Nathan olhando para mim.
- Eu...- balanço a cabeça negativamente. - Eu não consigo.
- Shh , amor - Nathan coloca suas mãos em cada lado do meu rosto. - Pra que tanta insegurança.
- Sinto que...- Nathan me interrompe com um de seus dedos em meus lábios e me repreende com o olhar.
Ele está fazendo de tudo para me deixar tranqüila e segura, de que nada vai desmorona na minha cabeça assim que entra no quarto.
- Agora chega de enrolação e vamos entra. - ele diz.
Respiro profundamente antes de entra.
Assim que entramos no quarto meus olhos já encontra os da Renatta.- É tão bom vê lá acordada.
Ela parece está tranqüila, já que Remitta e Sampaio estão ao seu lado numa conversa baixa.
Dou alguns passos com Nathan e paro ao lado de Rafael.
- Oi - Rafael diz com um sorriso nos lábios.
- Oi. - digo.
- O que você esta fazendo aqui? -Douglas diz ríspido a mim.
- Douglas! - Remitta chama atenção dele. E Renatta olha para mim sem dizer nada.
- Pode deixar Remitta. - digo. E encaro Douglas.- Se ele me acusa por uma coisa que não fiz. Tudo bem. Uma hora a verdade vai vim à tona e eu vou da risada para aqueles que me julgaram.
Nathan pega minha mão e a aperta chamando minha atenção. Sei que não devo fazer um escândalo aqui.
- Tudo bem. - sussurro para ele.
A porta se abre e o Dr. Steven adentra o quarto, percebo um pouco de supresa em seu rosto. Ele observa a todos dentro do quarto.
- Que recepção Senhorita Catter. - Ele a encara. - Mas o horário de visitas não foi liberado. Ainda tenho que fazer exames na pacientes, antes de tudo. E peço a gentileza de que vocês saíam.
Olho para o Nathan na intenção dele fazer alguma coisa.
- Sinto muito, não posso fazer nada. - ele sussurra.
Todos que estavam no quarto saíram, menos Remitta e Sampaio.
- Gosta de se fazer de coitada. - Diz Douglas encostado na parede com os braços cruzados.
- Pare de ser um idiota Douglas - Dessa vez foi Nathan a tomar a frente. - Você também é o mais culpado por tudo isso.
- Eu? - Ele dar risada e me olha.
- Sim, você.- afirma Nathan.
- Gente isso não é hora - diz Rafael.
- Você já abriu seus olhos hoje Nathan? - ele descruza os braços. - Você pode está colocando uma traíra dentro da sua casa sabia, ela pode ser até uma...Sei lá, Assassina.- E tudo foi rápido, Nathan já estava em cima do Douglas o socando. Fui para cima para tentar separa os dois, mas foi em vão. Não tenho forças para separar dois homens a beira de se matarem.
- Rafael! - grito em meio ao desespero. Rafael da uma chave de braço em Nathan e o afasta de Douglas.
- Ei cara se acalma. Pelo amor de Deus não é hora para isso, minha irmã acabou de acorda do coma. Se querem se matar vão para outro lugar. - Nathan que esta ofegante com os lábios cortados, empurra Rafael e se afastar indo para longe.
- Nathan! - o chamo perdida.
- Eu entendo a sua raiva Douglas. Mas não é hora para discussões.
- Foi o namoradinho dessa... - Ele me encara.
- Menos Douglas, estamos em um hospital. A não ser que queira sair escoltado pela segurança. - digo a ele. - Agora se me der licença vou atrás do Nathan.
***
- Tem chamar de... Já foi a gota dágua. - limpo o canto da sua boca que sangra com a gaze.
- Nathan esquece isso.
- ESQUECER! - Ele grita segurando meu pulso e olha dentro dos meus olhos. - Douglas fala aquelas barbaridades e você me pede para...
Desvio meus olhos dos deles e encaro a gaze em minha mão. Nos dois ficamos em silêncio, então volto a fazer meu trabalho. Limpar o sangramento no canto da sua boca até ouvir três batidas na porta e Rafael entra na sala do Nathan.
- Gente Dr. Steven chama todos.


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