Dr. Anthony

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O tempo passa. Mas a dor de perder alguém que amamos não...

- Camilla... Camilla!- Desviei os olhos da minha bandeja, que eu analisava em vez de comer, e encarei Renatta, que me chamava. Eu não prestava atenção na conversa.

- Hum! – murmurei confusa.

-Milla, o que esta acontecendo com você? – Perguntou Renatta cruzando os braços em cima da mesa.

- Esta acontecendo nada – Respondi

- Nada, Estou preocupada com você sabia. Suas notas estão caindo, você não come direto. Já faz um mês e não superou isso... E outra daqui a três meses e sua formatura.

Respirei fundo. Renatta pegava no meu pé durante esse mês, parecia que era minha irmã mais velha.

- Superei... Mas ainda é difícil viver sem. - “Uma Família” completei em pensamento.

- Milla... - começou Renatta. Mas eu não queria ouvir.

- Tenho que ir para aula – interrompi, levantando – me e tirando da mesa a bandeja intocada. Coloquei tudo no lixo e fui para minha aula de anatomia.

A aula voou rapidamente, mas agradeci quando o Sr.Becker liberou a turma cinco minutos mais cedo.

Caminhei para fora da faculdade e me dirigi ao supermercado, tinha que compra algumas coisas.

Sai do mercado e segui distraída pela calçada. Atravessei a rua – Só que não reparei se vinha carro – Ouvi freios de carro, olhei assustada para ele e senti-o me atingi não muito forte, mas fez-me cair no chão derrubando minhas compras e machucando meus cotovelos.

- Meu Deus! Esta tudo bem com você? – disse uma voz suave e rouca, saindo do carro.

- Esta tudo bem é que... - levantei meu rosto para ver quem era, mas fiquei surpresa ao vê-lo. – Dr. Anthony?

- Senhorita Myller? – sua voz também de surpresa – Nossa, me desculpe pelo...

- Não precisa pedir desculpas. Fui eu que atravessei a rua sem olhar- eu disse

- Me deixe te ajudar – ele estendeu sua mão para eu poder levantar.

Segurei sua mão e senti o mesmo choque elétrico que tinha sentido há um mês quando segurei. Encarei-o para ver se ele tinha sentido a mesma coisa, mas pelo que vi não teve reação. Fiquei de pé ainda o encarando.

- Obrigada – murmurei para ele

- De nada – ele disse – Mas acho melhor você ir ao hospital para ver se esta bem.

- Não, eu estou bem – eu disse me olhando para mim mesma. Mas pude nota que eu tinha um corte no cotovelo esquerdo e que sangrava – E tirando meu cotovelo, mas isso eu posso colocar um curativo.

- Não quer que te levo ao hospital?- Perguntou preocupado

- Não precisa – Peguei as compras que caíram no chão- Obrigada por me ajudar.

Percebi que ele não parava de olhar para mim.

- Pelo menos posso leve você em casa? – Perguntou

- Obrigada de novo, mas eu moro daqui a dois quarteirões – respondi.

- Esta certo – disse imediatamente

- Tchau Dr.Anthony – Estendo minha mão

- Nathan... Pode me chamar de Nathan- ele disse segurando minha mão. E de novo o choque e dessa vez meu coração acelerou

- ah... Nathan- eu disse meio nervosa – Então tchau

- Tchau – ele disse.

Afastei-me dele e caminhei pela calçada. Olhei para traz e ele ainda estava ali me observando ir embora. Meu coração parecia que ia sair pela boca quando eu o vi.

Mais que um destinoOnde histórias criam vida. Descubra agora