Capítulo 3: Olhos Azuis E Penas Brancas

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Não sei quanto tempo faz, mas estou na delegacia e estou com uma super ressaca. Estou com algemas na mão e o policial que me prendeu, e que por sinal eu dei um tapa na cara dele, fica me encarando e ele esta esperando alguém. Tirando o fato que me sinto culpada por aquilo que fiz, menos eu ter dado um tapa em Henry, eu acho que ninguém vai me soltar. Estou preocupada não só com isso, mas o horário já que se eu não for ao ensaio sairei meio que a força da apresentação.

-O que aconteceu com ela? - um policial chega e começa a conversar com aquele que me prendeu.

-Dirigiu em alta velocidade bêbada. - ele começou a rir o que me deixou com raiva.

-Você é idiota? - o policial que chegou a menos de três minutos começou a me encarar.

-Não. - respondi e ele me encarou.

-É melhor parar de provoca-la. - um policial de olhos azuis chegou e soltou minhas mãos.

-Por que você me soltou? - ele olhou pra mim e senti um arrepio.

-Pagaram sua fiança. - ele olhou pra trás e Leo, meu amigo barman, apareceu.

-Que burrada você fez. - ele veio até mim e nos abraçamos e foi bom sentir o calor dele. Aquilo me deixou calma.

-Desculpe, mas eu fiquei com tanta raiva.

-Eu percebi, até levei um tapa. - o policial que me prendeu riu e eu olhei pra ele com raiva.

-Que horas são? - Leo olho no celular.

-São quase nove horas.

-Merda, eu vou chegar atrasada. Me dá uma carona?

-Claro. - Leo me salvou.

-Não pode ir agora. - o policial de olhos azuis interveio na minha felicidade.

-Por que?

-Precisa preencher o formulário antes. - merda, eu chegarei mais atrasada do que já estou.

-Vai indo e eu te encontro na faculdade. - disse pra Leo e o mesmo foi embora, e enquanto isso o policial de olhos azuis me levou até a sua mesa.

Não era muitas perguntas mas terminei rápido e entreguei a folha e ele. Ele a encarou por alguns segundos e chamou seu chefe.

-Terminou, Collin? - um homem grande chegou e eu me assustei um pouco.

-Sim. Ela já tem permissão pra ir? ele me encarou.

-Já e a acompanhe até a casa dela. - ele pegou a folha e voltou pra sua sala.

-Não precisa me acompanhar. - segui ele que se levantou até a saída.

-Mas é uma ordem. - bufei sem paciência,e entramos no carro.

-Você vai me acompanhar até a onde? - ele não olhou por um segundo em mim.

-Você escolhe. Sua casa ou sua faculdade?

-Faculdade, eu já estou atrasada pro ensaio. E se possível, rápido.

Logo após isso, ele me levou até a escola e no caminho não falamos uma palavra, o que deixou um clima constrangedor. Ao chegarmos, sai do carro e entre sem olhar pra trás. Segui correndo até ao auditório e ao chegar, já tinham começado o ensaio, e a professora ao me ver.

-Está atrasada. Parece que a apresentação não de seu interesse.

-Não, por favor. Eu tive um problema e me atrasei.

-Serio? Qual vai ser a desculpa dessa vez? - não queria falar, então continuei quieta. - Está expulsa da apresentação.

-Não!

-Agora saia, estamos tentando ensaiar. - abaixei a cabeça contendo as lágrimas e sai da escola.

Era sábado e não tinha aula. E enquanto saia vi que o policial continuava ali, mas o ignorei e voltei pra casa apé. Eu preciso desses pequenos minutos para mim mesma. Eu moro num loft e é um pouco grande. Ao chegar, vi se eu tinha recados no telefone, mas eram todos de Henry, então ignorei e apaguei todos. Por que Henry ainda me liga? Ele não entendeu o que significa termino? Fui ao meu quarto e troquei de roupa, fui ao banheiro e tomei um longo banho. Estava precisando. Dormi após me deitar e quando acordei,senti uma tremenda dor nas costas.Toquei nelas e senti um calombo. Franzi o cenho confusa e tirei minha blusa, tentando alcançar o calombo. Comecei a sentir algo dentro dele, e puxei aquilo. E fiquei sem entender. Eu puxei uma pena branca cheia de sangue. Como isso é possível?





Meu Cupido [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora