Meu Cupido [COMPLETO]

Capítulo 2: Presa

 Eu não queria pensar naquilo. O fato do meu namorado que eu amava ter me traído com minha melhor amiga ainda estava na minha mente; fazia somente algumas horas desde que eu vi aquilo, e minha mente não suportou. Eu queria que aquilo tudo sumisse, desaparecesse ou que eu podia simplesmente esquecer, mas não. Aquilo ficava preso a minha cabeça e ficava repetindo, repetindo, milhares de vezes. Eu me enrolei mais forte no lençol e limpei minhas lagrimas, não queria pensar em nada mas senti meu celular vibrar. Era uma mensagem de Julia, então decidi ignorar; recebi uma de Henry e decidi ignorar; recebi uma ligação da minha professora de violino, então atendi.

- O que aconteceu? É sobre a apresentação?

- É importante, e espero que você não falte amanhã. O ultimo ensaio será ás nove da manhã, e se você faltar será expulsa da apresentação.

- Eu entendi, estarei ai as oito.

- Ótimo. - ela desliga na minha cara.

Minha cabeça esta cheia. Não conseguia pensar em nada, só naquilo. Eu queria esquecer, mas não conseguia. Então vou tomar uma decisão que provavelmente eu me arrependerei; levantei da cama, coloquei o despertador para as oito, coloquei uma roupa atraente, passei maquiagem, fiz minha higiene, coloquei um salto e saí. Precisava esclarecer a mente, e só bebida resolvia. Fui até meu carro e fui até a boate mais badalada da cidade. Seu nome é Wonderland e pelas noticias que ouvi, ela é perfeita. Estacionei o carro e entrei, e estava lotada. Com cuidado fui até o barman, meu amigo, e pedi tequila.

-Parece agitada. O que aconteceu? - ele colocou o copo na bancada e eu bebi num só gole.

-Você não quer saber. É sobre o Henry. - pedi mais um copo e ele trouxe dois.

-Sou todo ouvidos. - eu bebi um dos copos.

-Você sabia que ele tava me traindo? - ele me encarou surpreso, eu bebi o outro copo e ele me deu mais um.

-Já imaginava isso, afinal ele flertava com todas.

-Então eu sou burra e iludida no amor. - bebi o outro copo.

-Não fala assim. E é melhor você moderar na bebida, seria ruim você bêbada.

-Cala boca e me serve mais três. - ele riu baixo.

-Ok, mas depois não me diga que eu não te avisei. - ele colocou os três copos ali e eu bebi tudo de uma vez, e eu fiquei tonta.

Depois de muitos copos, senti que eu estava muito bêbada e a ressaca de amanhã seria péssima, por isso me despedi do meu amigo, paguei a conta e saí do bar. Enquanto eu tentava passar por aquela multidão de pessoas, vi Henry agarrando uma vadia qualquer ali, e não consegui me segurar, onde fui até ele e dei um tapa nele. Ele merecia pelo que me fez passar.

-Emma? O que está fazendo aqui? - ele me viu surpreso.

-Não é da sua conta, seu babaca. - olho uma última vez para ele e sai, indo para meu carro.

Fui pro meu carro e ao entrar, fiquei lá dentro pro alguns minutos tentando esclarecer a mente. Não quis pensar muito e liguei o carro. Eu comecei a correr com o carro e antes de eu perceber já estava em 140, onde ouvi uma sirene de policia, e parei o carro. Merda. Seu eu receber uma multa, vou estar ferrada. O policial saiu do carro e foi até mim, e eu abaixei o vidro.

-A senhora sabe que estava correndo numa pista de 80?

-Senhorita, e sim, sabia. - acho que o fato de estar bêbada agora não ajudava.

-Vou te dar uma multa e... - ele parou por alguns segundos me encarando. - Você esta bêbada?

-Não. - não segurei a risada e acho que ele viu que era mentira.

-Por favor, saia do carro.

-Não, obrigada.

-Isso não foi um pedido, foi uma ordem. - eu sai do carro e fiquei encarando ele.

-Pronto. Satisfeito? - coloquei as mãos na cintura.

-Muito. Agora coloque as mãos pra trás.

-O que?

-Você estará presa até receber fiança.

-Eu não quero, esse é o problema. - ele juntou meus braços a força, e eu me rebati, onde eu dei um tapa na cara dele. Ele ficou em silencio por alguns segundo, então me olhou.

-Qual é o seu nome? - ele ficou sério.

-Emma Reynolds.

-Emma Reynolds, você esta presa. - ele juntou minhas mãos, colocou as algemas e me levou até seu carro.

Por que essa coisas acontecem comigo?