Capítulo 13 : Bebidas E Ligações

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Faz apenas algumas horas que Leo saiu daqui e estou ainda no mesmo lugar. Ele disse aquilo e não consigo pensar em outra coisa. Ele...ele me ama? Foi isso que eu entendi ou foi só minha mente estúpida de cupido imaginando isso enquanto durmo na minha caminha?

 Provavelmente  há 0% de verdade nisso. Leo me ama. Desde quando? Por que ele não me disse antes? Estou aflita agora nessa porra do caralho. É, eu vou ser grossa, por que essa situação ta pedindo por isso. Finalmente faço um movimento e pego o meu celular ligando rapidamente a Leo. Espero aflita mas nada. Já é a terceira vez que estou ligando mas ele não atende! Que merda. Taco o celular com força na parede e ele se despedaça por pedaços que se espalham no chão. Eu preciso me aliviar e tenho certeza que vodka ajudaria. Caminho até a cozinha e pego a garrafa virando na minha boca em só um gole. 

Andava pelo loft enquanto bebia mais e sentia ficar tonta, a terceira garrafa já tinha acabado. Resmungo irritada e bêbada e jogo a garrafa em qualquer lugar. Ando novamente a cozinha e abro a geladeira, procurando alguma coisa. Acho algumas garrafas de cerveja e uma de vinho e pego as cervejas e me dirijo a sala. Ligo um rock pesado e continuo a beber. Não sei quantas horas se passam e pego o telefone de casa e ligo pro Leo. Por mais estranho que pareça, ele atende.

-Alo? - a voz dele sonolenta indica que eu o acordei.

-Acordei voxe bera adorrmexida? - eu falava meio grogue mas não liguei. Ouvi ele suspirar cansado.

-Esta bêbada Emma? Sabe como você fica quando está bêbada.

-Bebi só un pouquinhozinho. - disse andando pela sala e sem prestar atenção, bati meu dedão no sofá. - Ai, seu sofá idiuta.

-O que você quer Emma?

-Quero que voxe me perdoi. - tentei dizer o mais seria possível mas não funcionou.

-Estou de cabeça quente e você bêbada. Amanhã conversamos. - ele desliga na minha cara.

-Tudo por causa dele. Ninguém mandou ele berrar que me ama. - resmungo baixa e me deitou no sofá.

Tudo está girando e amanhã vou ficar com uma ressaca filha da puta. Mas não ligo. Suspiro cansada e começo a rir. Não sei por que, mas rio. Eu ri, chorei, gritei de raiva e o mais estúpido, liguei para Gabriel. Ele atendeu no terceiro toque com um voz sonolenta. Afinal, que horas são?

-Alo?

-Gabiel?

-Emma? - ouço sua voz confusa.

* * *

Acordei com minha cabeça ardendo e essa ressaca é puta que pariu, parece que fui atropelada por um caminhão de bebidas alcoólicas  e depois bebi tudo que havia nele. Com cuidado sentei na cama e olhei para o quarto que estava, não era o meu, e eu não posso tirar o fato que estou com roupa íntima e somente com uma blusa social por cima. Alguns botões estavam abertos e o quarto, ele era totalmente branco e havia janelas de vidro que iam do chão ao teto, dando uma ótima vista da cidade. Eu estava numa cama de casal e o quarto estava claro; olhei no criado mudo e vi no despertador que era nove da manhã. Tentei levantar mas perdi as forças caindo no chão. Rapidamente a porta é aberta e alguém entra e me ajuda a voltar a cama. Focando com meus olhos vejo Gabriel. Ele sorri e se senta na ponta da cama.

-Você está bem? - ele me analisa com cuidado e sorrio fraco.

-Eu estou bem, só estou com ressaca. O que eu estou fazendo aqui?

-Não se lembra?

-Não me lembro de nada depois de pegar a garrafa de vinho. - ele deu um riso fraco.

-Eu vi o estado do seu apartamento quando fui te buscar. Cara, aquele lugar está cheio de garrafas no chão. - ele deu uma gargalhada me fazendo rir também.

-Você entrou lá dentro? - eu estou claramente envergonhada por ele ter me visto naquele estado. - Me desculpe, eu só perco o controle quando estou deprimida ou com raiva.

-Tudo bem, venha.

-Aonde? - perguntei receosa.

-Tomar seu café da manhã. - ele estendeu a mão e eu peguei sorrindo.

Ele me ajudou a levantar e saímos do quarto.


Meu Cupido [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora