Capítulo 9: Sangue

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Entrei na casa e todos estavam lá, tio Billy e tia Clarke, vovó Jane e vovô George, tia Patrícia e sua irmã Lídia, a prima Otávia e o marido e o filho de Nicole, e literalmente, estava família ali jogando conversa fora. Ao me verem todos vieram em minha direção e cada um me deu um beijo na bochecha e um abraço forte.

-Que bom que você veio Emma! Já estávamos com saudade. - vovó Jane sorriu e retribui a mesma.

-Estava muito ocupada e não podia ficar entrando na casa.

-Que isso, você já é da família! Venha e toque aquela bela música no violino que só você toca.

-Eu não trouxe ele, sinto muito. - tentei sair daquela questão mas Leo sorrio triunfalmente.

-Não se preocupe Emma, eu coloquei na sua mala. - ele sorri malicioso e sorrio tentando esconder a raiva.

-Não precisava Leo.

-Faço de tudo por você. - cheguei perto de ser ouvido e sussurrei.

-Vou te matar na próxima. - ele também sussurrou no meu ouvido.

-Isso foi por você ter me feito arrumar sua mala. - ele foi e pegou o meu violino.

Todos os parentes já estavam sentados me esperando ansiosamente para que eu tocasse, e Leo estava com um sorriso idiota no rosto. Bufei pesado  e toquei música que eu ia tocar na apresentação. Todos ficaram em silêncio me observando atentamente e eu estava calma, o violino tirava minhas dores. Quando acabei a música, todos estavam sorrindo, até Luca, o filho de Nicole.

-Foi lindo. Devia tocar mais vezes, você tem um dom. - vovô George veio até mim e sorriu.

-Obrigada, eu estava dando um tempo no violino.

-Crianças,hora do almoço. - logo depois da vovó ter dito isso, todos foram rapidamente, menos eu e a prima Otávia.

Ela tinha cabelos castanhos longos, olhos claros e tinha dezoito anos. Ela é prima do Leo de segundo grau, filha da tia Patrícia.

-Aonde vai? Preciso botar as fofocas em dia.

-Vou arrumar minhas malas, e você? Não vai almoçar?

-Estou cansada de ficar com aqueles velhos, e Leo não dá atenção pra mim! - ela bufou pesada e me acompanhou até o quarto.

-Leo é seu primo, esperava o que?

-Nada, afinal ele já gosta de alguém. - essa era nova.

-Quem? - sentei ao lado dela na cama e ela me olhou sem paciência.

-Você é burra? Não acredito nisso. - ela levantou e sai do quarto batendo a porta.

Eu não sei o que fiz de errado, mas fora isso, o resto do dia foi bem divertido. O marido de Nicole fez um churrasco perto da piscina e todos foram. O dia rendeu muito e amanhã eu ia dar uma de cupido neles. Suspirei cansada e entrei no quarto e vi que já passava da meia noite. Deitei na cama e vi que tinha recebido uma mensagem do Gabriel, então um grande sorriso alargou no meu rosto, abri a mensagem ansiosa e estava escrito: " Já tenho o lugar perfeito para nosso encontro. Café Montrauk as 13:30, te espero ansioso". Sorri e não consegui dormir de felicidade, mas não tirava uma sensação. Será que eu estava  gostando dele? Se for, dou mil pulos em uma hora.

Rapidamente cai no sono com um belo e grande sorriso, e acordei era sete horas da manhã. Senti uma dor nas costas e acordei no pulo.Sentia minha visão ficar turva e corri para o banheiro. Não estava entendendo nada e quando olhei no espelho, vi minha blusa manchada de sangue. Arranquei ela rasgando a mesma e quando vi minhas costas no espelho não acreditei. Elas aumentaram. As asas estavam maiores! Elas realmente estavam grandes e não parava de doer. Elas estavam com sangue e o vermelho manchava suas penas brancas. Passei a mão nelas e quando olhei para minhas mãos, elas estavam vermelhas e eu gritei o mais alto possível. Era sete da manhã mas eu  gritei com todas as minhas forças.

Meu Cupido [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora