No final de semana, acordei cedo pra ir caminhar na praça, abri a porta do quarto da minha mãe devagar, e quando fui pra sala, meu pai estava dormindo lá. Comi cereais e de café da manhã e depois comi uma maça, peguei meu fone de ouvido e foi caminhar. Adorava aquilo, o frio da manhã junto com a pouca movimentação nas ruas, corri uns 3km e depois voltei em casa e fui direto pro banheiro, mas achei ter ouvido um barulho de cachorro, dessa vez eu ouvi um barulho de cachorro mais forte, então me enrolei na toalha e fui ver de onde vinha, quando entrei no quarto da minha mãe, tinha um cachorro filhotinho em cima da cama dela, e ela fazendo carinho nele.
- que lindo! Essa coisa fofa e pulada é nossa? - perguntei me sentando na cama e fazendo carinho nele também.
- é nosso! Se lembra da Dina, a cadela da sua tia? Ela teve filhotes e ela estava vendendo por R$ 2.500, mas ela resolveu dar um pra você. Por todos os seus aniversários que ela não pode ir.
- ah, vou agradecer depois, mas temos que pensar no nome dessa cadelinha. - falei olhando pro teto
Eu pensei em Felicity, porque ela vai trazer um pouco mais de felicidade pra esta casa. - minha mãe falou e eu tentei não fazer cara de nojo.
- vamos pensar mais um pouco... - falei. - Niva - pensei -
Já sei! Akira! Adoro esse nome, vem cá akira! - falei batendo as mãos devagar, minha mãe sorriu, então pareceu concordar. Então depois meu pai entrou no quarto.- você trouxe mesmo esse cachorro pra cá, Raquel? Não gosto desses bichos, ainda mais esse que é peludo, vai deixar a cama toda bagunçada. - meu pai falou e eu revirei os olhos, peguei a akira e levei pra meu quarto e deixei ela em um tapete no canto do quarto.
- vou só tomar um banho, garotinha. - falei e assim fiz, quando sai do banheiro, liguei a TV e coloquei no animal planet pra akira ver, então resolvi ligar pra Leslie para convidar ela pra vir aqui em casa e me ajudar a dar banho na Akira, ela falou que chegaria em 30 minutos. E eu fiquei sentada na sala esperando, quando ela chegou, conversamos só um pouco na cozinha e eu apresentei ela pra akira.- Lia! Meu deus, ela é tão pequena e fofinha, né? - ela disse enquanto apertava a cadela. Ela foi a primeira pessoa a me chamar de Lia nessa escola.
- ela é um cachorro de porte médio.-falei
- então. Vamos ao trabalho. - ela piscou e carregou a Akira e começou a andar - só não sei pra onde temos que ir - ela virou pra trás e me olhou, e então eu ri e apontei pra uma porta que levava a lavandeira, pegamos a akira e colocamos em uma mangueira, então fomos molhando aos poucos e passando aos poucos. Então recebi uma jarrada de água na minha cara da Leslie.
- não acredito que você fez isso. Come sabão! - então comecei a esfregar a sabão na cara dela e ela limpou depois com a mangueira
- Ê, tu é violenta né? - ela falou enquanto limpava o rosto e ria, e então a akira começou a latir e querer sair da pia e continuamos o banho dela. Quando terminamos eu passei a toalha pelo pêlo dela e a Leslie falou que já teria que embora porque iria pra casa de praia da mãe dela. Então percebi que ela estava olhando para os meus peitos, que estavam molhados e grudados na blusa, continue enxugando a akira e fingi que não percebi, mas então ela veio e tentou me beijar, mas eu virei o rosto.
- Leslie... O que aconteceu naquele dia aqui em casa foi só...uma brincadeira, tá? Não quero que você ache que eu quero algo a mais de você, vamos esquecer? - falei enquanto terminava de secar a akira
- foi só uma brincadeira pra você? Tá, tanto faz. Já tenho que ir, tchau. - ela bagunçou o pêlo da akira e foi embora. Eu não sei porque mas eu não queria dizer o que eu disse, quer dizer, sim, eu precisava. O que está acontecendo comigo? Preciso manter o foco. Minha mãe sempre disse que eu era bagunceira mesmo, mas não sabia que era pior na cabeça.
Quem está na foto é a Leslie.
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Garota perdida (romance lésbico)
RomanceEste livro fala não só sobre uma garota perdida, mas uma garota que acha várias coisas ao decorrer da história. Amélia é uma adolescente de 16 anos, que se apaixona por outra garota, mas tem medo do regime tradicionalista imposto pela sociedade. Amé...