Sábado, 16 de maio de 2015
I'm lonely like a castaway
castaway, castawayLuke estava esgotado. Seu turno havia acabado e ele finalmente poderia jogar-se em sua cama, cochilar por algumas horas e esquecer o mundo lá fora que o aguardava.
Ele tirou seus sapatos assim que pisou no tapete da porta de entrada de seu apartamento. Hemmings tratou de logo jogar o boné com a logo do McDonald's sobre a cama e sentar-se nela, suspirando. Luke não se orgulhava nada do emprego que havia arrumado, mas já era alguma coisa; pelo menos agora ele poderia pagar o aluguel corretamente.
O rapaz passou alguns segundos massageando suas têmporas, pensando em suas atitudes tomadas na última semana. Ele havia decidido encerrar o capítulo, seguir em frente, esquecer Michael. Luke sabia que não seria para sempre, ele se apaixonara rápido e tudo terminara com ainda mais velocidade; ele apenas achava que Clifford deveria ter tido o mínimo de consideração para com ele e lhe mandado uma mensagem.
Já fazia uma semana desde seu desaparecimento. Michael não havia dado nem um sinal de vida. Luke estava preocupado; um dia depois ele fora até a polícia, mas eles haviam o dito que não poderiam fazer muita coisa e se desculparam. Hemmings sabia que estava sendo um idiota por ainda esperar alguma ligação vinda de Michael, mas ele ainda achava aquela história muito estranha.
Luke tirou seu uniforme, trajando apenas uma cueca boxer preta. Em seguida, o loiro caminhou até sua cômoda, procurando por alguma toalha e roupas limpas para que pudesse usar. Ele pegou as peças e, ao tirá-las, ele encontrou, no fundo da gaveta, uma foto sua e de Michael, tirada há alguns meses em um dos costumeiros shows de fim de semana que seu namorado fazia anteriormente.
Hemmings decidiu então ignorar a sua consciência, que insistia em chama-lo de tolo, e pegar a foto em suas mãos, indo até o criado-mudo e substituindo a foto emoldurada com sua mãe pela que acabara de encontrar.
Ele ficou encarando-a durante algum tempo, ponderando sobre sua situação. Era patético como nada lhe restava além de molduras de imagem, lembranças de conversas na madrugada e mensagens antigas, da época que Michael ainda lhe respondia.
Não era fácil. Luke amava Michael e realmente pensava ser impossível esquecê-lo. Ele sabia que não era capaz de fazer isso e, mesmo que tentasse e prometesse a si mesmo, ele estava falhando miseravelmente.
Luke bufou, colocando a moldura em seu novo local e lançando-a um último olhar antes de desistir de tomar um banho. Ele ligou a televisão, a fim de distrair sua mente; ele havia conseguido manter-se bem até aquele dia, poderia aguentar mais um pouco.
Hemmings meneou a cabeça, como se afastasse os pensamentos ruins. Ele então encarou a tela da TV, vendo o que lhe parecia ser uma reprise do filme Náufrago, pois o ator estava numa espécie de jangada, no mar, gritando para a porcaria da bola que Luke achava incrivelmente tosca.
"Tom Hanks não deveria reclamar, ele pelo menos tem essa maldita bola" ele resmungou para si mesmo. "Eu não tenho nem a porcaria de um amigo real, nem uma bola sequer."
Ele desligou a televisão, ainda reclamando baixinho e rumando para o banheiro, onde encontrou sua toalha e logo tratou de se enfiar sob o chuveiro.
Apesar de tudo, Luke tinha razão: estava solitário como um náufrago.
Hemmings não podia escapar das desilusões do amor. Não só do amor para com Michael, mas também o amor que sentia para com seus amigos, que acabaram por abandoná-lo, assim como todos sempre faziam em certo momento.
Calum estava puto, afinal. Luke nem ao menos se lembrava do por que. Calum vivia chateado com ele; talvez o problema fosse realmente Hemmings, mas ele estava tentando melhorar! Até estava se saindo melhor com suas palavras e não sentia o menor desejo em ferir alguém com elas, pois agora ele sabia como era estar ferido e realmente não gostava daquela sensação.
Bryana estava viajando. Luke entendia, pois ela era uma modelo em início de carreira e estava se dando muito bem. Ela estava em Los Angeles, o que era particularmente longe de São Francisco, porém ele não entendia porque Ashton havia ido com ela e nenhum dos dois o respondia de forma alguma.
Após cinco dias de serviço, Luke com certeza não arranjara amigo algum em seu incrível trabalho.
Luke certamente estava comparando-se com um náufrago, mesmo que fosse tolice. Ele sentia-se solitário, a deriva, quase como um navio afundado que nunca seria salvo. Ele estava triste e não queria acabar enlouquecendo, tendo como único amigo uma bola de couro manchada com sangue.
Hemmings ainda não sabia o que fazer. Ele continuava mandando insistentes mensagens para Michael todos os dias, mas as respostas nunca vinham. Ele já estava se cansando de toda aquela merda! Clifford certamente estava ignorando-o e não iria atrás dele, mas então isto significava que Luke teria que ir atrás de Michael?
Luke fechou os olhos, sentindo a água quente molhar sua pele branca, levando consigo todo o cansaço do dia de trabalho, porém falhando miseravelmente ao tentar levar todas as suas preocupações pelo ralo. Era desgastante pensar, pensar e pensar e não chegar a nenhuma conclusão!
Ao fechar os olhos, Luke podia ver os bons tempos desaparecendo. Suas lembranças com Michael eram maravilhosas: conversas na madrugada, mensagens de texto fofas, sexo em lugares inusitados, elogios sussurrados ao pé do ouvido... Pensando bem, Luke sentia falta até mesmo de quando Michael o acordava de madrugada após ter um pesadelo.
"Quem está cuidando de você agora, meu amor?" ele sussurrou para si mesmo, pensando no quanto queria abrir os olhos e ter Clifford consigo, tomando um banho relaxante ao seu lado.
Luke apenas não conseguia deixar de se preocupar com Michael sozinho com seus demônios. Mas então ele se perguntava se o mais velho sentira pena, remorso ou qualquer sentimento deste tipo quando o deixara ali. Talvez ele não quisesse saber a resposta, pois enquanto sua mente insistia em lhe dizer que Michael havia o abandonado com total consciência de seus atos, seu coração lhe dizia o contrário, que possivelmente algo houvesse acontecido, pois Clifford nunca o deixaria por vontade própria.
Foi então que Luke percebeu que sua inquietação estava começando a incomodá-lo. Ele não aguentava mais ficar em sua casa, em um novo emprego, apenas imaginando como estava a vida de Michael Clifford sem ele, vez ou outra lhe enviando mensagens jamais respondidas. Ele decidiu então que faria as coisas com suas próprias mãos.
E não existe melhor lugar para investigar a provável nova vida de Michael Clifford senão a sua própria casa.
E Luke convenientemente sabia onde ele guardava as chaves.
eu to rindo do luke pq eu escrevi "se maomé nao vai até a montanha, a montanha vai até maomé!" dsbdjsdjksdkskdsk meu humor eh imbecil jfc
GENTE! nao sei se ja tinha especificado antes, mas eles nao moram na australia e sim em sao francisco, se eu ja tiver falando que eles moram em sydney antes me perdoem GSJSBSSN
as atts vao ficar mais regulares, juro pelo rio estige! agora só tenho essa fic postada e posso me focar nela
pergunta: onde vocês acham que o mike se meteu?
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sounds good feels good • muke
FanfictionMúsicas são resultados de experiências vividas, sejam estas boas ou não. Músicas contam histórias. Músicas são a história. Elas envolvem todo o tipo de sentimento: amor, desejo, mágoa, perda. Essa não é uma história sobre como o doce e inocente Luk...