- Vamos terminar - falei de costas para o Chris.
- O que? Mas porque? - perguntou Chris. - É por causa da Marry?
- Apenas... apenas não gosto mais de você - falei me virando. - Marry... ela não tem nada a ver com isso.
- Você... você tem certeza disso? - perguntou Chris.
- Eu tenho! - falei.
★★★
Foi assim que começou o pesadelo, depois que terminei com Chris, algumas horas mais tarde Marry tinha sofrido o acidente. Foi tudo muito rápido e todos nós ficamos em choque. A ambulância tinha levado Marry mas no caminho para o hospital ela acabou não resistindo.
Depois do banho, eu vesti um pijama azul e deitei na minha cama, era como se uma pedra de culpa me esmagasse. Eu estava péssima, Lucy me chamou para jantar e eu acabei recusando. Algumas horas mais tarde meu pai bateu na porta e entrou para ver se eu estava bem.
- Filha? Por que não foi jantar? Você está bem? - disse meu pai sentando na minha cama.
- Eu... eu não sei se estou bem, pai - falei virando o rosto em sua direção. - Desde que voltei para essa casa eu tenho visto a... a Marry, não importa onde eu esteja, ela sempre aparece para mim. Acho que ela está me assombrando, eu... eu sou culpada pelo acidente da Marry.
- O que? Não... filha, você não tem culpa! Foi um acidente - disse meu pai.
- Não, não foi! Eu... eu matei ela e matei a minha mãe! - falei.
- Filha não seja assim, a morte de Marry foi um acidente e você não tem culpa pela morte de sua mãe - disse meu pai. - Sua mãe apenas... apenas não aguentou suportar a dor da perda.
- Mas pai...
- Não! Pare de pensar que você foi a culpada por tudo - disse meu pai me interrompendo. - Nada disso teve haver com você. Apenas esqueça tudo isso, mesmo se for impossível tente esquecer.
- Eu... eu vou... tentar. Mas isso não vai mudar o fato de que Marry pare de me odiar - falei. - Ela nunca vai me perdoar.
- Filha... ela não tem que a perdoar, não há nada para perdoar. Ponha isso em sua cabeça - disse meu pai. - Ela ama você, filha.
- Eu não tenho certeza - falei.
- Filha... Bem, você quer algo? Se quiser eu lhe trago algo para comer, você deve estar com fome - disse meu pai.
- Não... não precisa pai, eu apenas quero descansar um pouco - falei. - Sinto meu corpo bem pesado.
- Hum... está bem então, mas se precisar de algo é só me chamar, okay? - disse meu pai.
- Okay, obrigada pai por tentar me animar - falei.
- De nada minha filha - disse meu pai me dando um beijo na testa.
Ele saiu do meu quarto e fiquei deitada de lado abraçada com o meu travesseiro. Meu pai não entendia a minha situação, eu realmente estava vendo a Marry, eu não era louca.
Então eu me virei e olhei para teto, senti meu sangue gelar e meu coração disparou. Marry estava deitada no teto sorrindo e olhando para mim, ela estava em sua forma assustadora.
- Está sentindo a dor da culpa, Emma? Ela não se compara a dor que EU senti...
- Marry... Por Favor... me deixe em paz!
- Ha! Te deixar em paz? Isso! É só o começo...
- O que... O que você quer de mim?
- O que eu quero? Quero que você sinta a dor que eu senti. Quero ver você morrendo de medo a todo instante - Marry cai em minha direção e me segura com as suas mãos geladas. - Quero ver você cair daquela escada do jeito que eu cai. Bem, é claro que você vai precisar de ajuda!
A porta do meu quarto se abre com um grande estrondo, Marry começa a me puxar pelos braços e me leva até a escada. Meu corpo então se levanta sozinho como se eu estivesse possuída. Marry fica atrás de mim e em seguida ela fala.
- Tenha bons sonhos... Emma - disse ela me empurrando.
- Nãoooooo! - gritei acordando. - O que...? Um pesadelo...
Olhei as horas e eram 5 da madrugada. Me levantei e comecei a sentir some. Sai do meu quarto, desci as escadas e fui para a cozinha. Abri a geladeira e peguei dois pedaços de bolo e um suco de morango, sai da cozinha e voltei para o meu quarto. Liguei meu computador, coloquei os meus fones e fui ver um filme enquanto o dia lá fora amanhecia.
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Notas da Autora: Olá leitores e escritores! Gostaram do capítulo? Deixe seu voto e comente o que achou ^^. Beijos e bye bye.
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Marry
ParanormalEmma e Marry eram irmãs gêmeas... Elas não eram muito unidas na maioria do tempo, sempre brigavam, quase não se davam bem. Mas no fim uma perdoava a outra. Ambas se amavam apesar de tudo. Essa era a relação delas antes de acontecer uma grande tragéd...