Cheguei à conclusão que é fácil gostar de ti e eu gosto, acredita e faço questão de te lembrar disso todos os dias; mas por alguma razão não me estou a permitir amar-te. Não permito e ponto. Não percebo o porquê.
Estamos juntos e quando estamos juntos, eu estou feliz, eu sou feliz. Quando me beijas, me tocas, me olhas e me abraças, há um sentimento muito forte que aparece e eu paro o beijo, impeço o teu toque, desvio o olhar e refugio-me do refugio que são os teus braços. Reconheço esse sentimento, lembro-me que costumava gostar e que nunca o recusei antes mas agora? Agora não quero que ele apareça, não quero amar-te e já nem sei se quero sentir coisa alguma.
Não sei onde queremos chegar com o que anda a acontecer connosco, não sei mesmo. Já sei que agora estamos felizes e o que importa é o agora mas amanhã também é presente, também é agora e também vai doer se deixar que hoje seja assim. Vai doer porque tudo o que eu quero é amar e ser amada. Sem confusões, medos ou dúvidas e neste momento eu estou confusa, tenho medo de te amar e duvido que sintas algo por mim.
Sinto-me um passatempo para ti. Sinto-me em segundo plano, atrás dela, abaixo dela, abafada por ela. Quero sentir que sou única e especial e todas aquelas tretas românticas e poéticas e patéticas.
Na verdade sei que temos uma ligação incrível, pura e genuína mas eu quero mais. Não quero rótulos mas não quero negar sempre que alguém se refere a ti como meu namorado; não quero estar insegura em relação a ela e não quero continuar a afastar os sentimentos. Quero amar-te por inteiro, sem medos. E quero que me ames assim mesmo, por inteiro, com o coração todo. E agora que penso, somos bons amigos e talvez seja melhor ficar por aí. Podemos?