Stranger

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Ei, babys, como vocês estão? Desculpem por demorar a vir e esclarecer se continuaria ou não, eu estive com alguns imprevistos no estagio. De qualquer maneira, gostaria de agradecer por todas as views no cap anterior e pelos comentários de vocês sobre esse novo projeto.

Vamos prosseguir? Pois bem, é um capítulo importante para chegarmos a um ponto importante desse início de trama.

Espero que gostem. Vejo vocês lá no rodapé.

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     A segunda melhor parte da raça humana é a solidariedade. A capacidade de ajudar pessoas com coisas que não trarão benefício pessoal, a capacidade de não deixar na mão, de se responsabilizar sem, realmente, ser responsável. Se formos analisar caso a caso encontraremos uma situação engraçada para discutir. Por exemplo, alguns seres humanos fazem mais por outros do que por si mesmo, outros colocam sua própria vida em risco pela necessidade de ajudar em situações perigosas. No entanto, se pudéssemos saber exatamente quem estamos prestes a ajudar, nosso espirito heróico seria abalado? Você continuaria doando de si para ajudar alguém que fez coisas ruins? Alguém que tem intenções ruins?

     A encruzilhada dessa parte boa se encontra exatamente nessa questão: seria realmente solidário e bom alguém que se deixasse influenciar por julgamentos de personalidade?

     Porque, veja bem, todas as demais coisas boas sobre a humanidade são diretamente modificadas pela melhor coisa sobre a raça, a alienação, tendo em vista que os cenários mudam completamente quando sabemos realmente do que se trata, quando temos a ciência de todos os fatos. Se conhecer coisas pessoais sobre alguém que precisa de ajuda vai afetar em como você vai se comportar, poderia, então, chamarmos de solidariedade?

     A Engenheira não era tão forte para carregar um corpo consigo, não costumava frequentar academias e não era muito maior do que a garota apoiada em seu colo. Novamente correu seus olhos pela linha expressiva de sangue que escorria pelo rosto da jovem. O que ela poderia fazer? Ela tinha algumas opções em mente, a primeira: deixar a garota sozinha enquanto ela ia até o Centro e pedia ajuda. A segunda: esperar até que ela retomasse a consciência e pudesse andar para ajudar Lauren a tirá-la de lá.

     Ela até pensara, em primeiro caso, em usar seu aparelho celular para ligar e pedir ajuda, mas ao desbloquear o aparelho pôde observar que ela estava fora da área de cobertura, e que, de fato, sua única utilidade seria impedir que ficassem completamente no escuro.

     Na primeira opção havia o risco de inúmeras coisas acontecerem enquanto a Engenheira buscava por ajuda. Na segunda opção, havia a possibilidade de passarem o resto da noite ali ou de algo pior vir a acontecer devido o machucado na cabeça da jovem. Era o momento de pesar os riscos e tomar uma atitude, muito embora ela não fosse a pessoa mais direta e paciente do mundo.

     Lauren respirou fundo, passando as mãos em seus cabelos antes de tomar a decisão do que fazer naquele momento. Com o auxilio das suas mãos, a Engenheira ergueu a cabeça apoiada em suas coxas e envolveu seus dois braços ao redor do tronco da garota, repousando sua testa em seu próprio ombro antes de ficar sobre seus pés e dar passos lentos com o intuito de voltar para o seu carro. Os pés descalços da garota arrastando galhos e folhas, produzindo ruídos que acompanhavam o barulho descompassado da respiração de Lauren, era claramente uma tarefa exaustiva e que exigia muito da energia de alguém como a Engenheira.

     – Graças a Deus. – Lauren suspirou assim que avistou os faróis do seu carro ligados. – Só mais um pouquinho. – falou para si mesma com a intenção de ter um ultimo folego para suportar o peso da garota, puxando-a pelo tronco mais para si para que não escorregasse e voltasse a atingir o chão.

The MeteoriteOnde histórias criam vida. Descubra agora