Cold and hot

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Ei, babys, como vocês estão? Eu sinto muito pela demora, mas eu tenho tido dias muito complicados e cheios, encontrei um tempo para escrever hoje, e espero que vocês gostem.

Estou muito feliz com todos os comentários, votos e views, eu nunca espero muito do que escrevo, acabo o fazendo mais por mim e pela minha vontade de desenvolver um enredo do que por todos os outros fatores. Com TM não é diferente, eu tenho um desafio pessoal: desenvolver uma história de ficção científica, e cá estou e estarei.

Boa leitura, espero que gostem!
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A quarta melhor coisa sobre a humanidade é a dúvida. A pequena e insistente pulga atrás da orelha, o martelar incessante no fundo da cabeça. A quarta melhor coisa sobre a raça humana é um grande é insuportável incomodo.

A dúvida é como um bilhete para um parque de diversões onde você espera, do fundo do coração, se divertir, mas você sabe que coisas ruins podem vir a acontecer. É como uma passagem só de dia a uma aventura perigosa, transformando a sua vida em duas míseras opções: sobreviver ou morrer. No entanto, em determinados casos, pode, e deve, ser usada como benefício. O tão inconstante benefício da dúvida. Acreditar ou não em alguém, levar ou não em consideração fatos cotidianos ou extraordinários. O benefício da a alguém, que talvez esteja mentindo ou fazendo algo errado, uma máscara bonita para se esconder. A dúvida.

Como provar? Como questionar? Como ser justo? A quarta melhor coisa sobre a raça humana nunca te dará a sensação de certeza, ou as respostas para os seus questionamentos, transformando toda e qualquer ocasião em um constante martírio para uns, ou uma inevitável ruga entre os olhos para outros.

Se a dúvida pudesse ser uma pessoa, com toda a instabilidade, as questões sem respostas, a sensação de incômodo, você seria capaz de amá-la? Seria capaz de mantê-la em sua vida? Veja bem, você sabe de todas as circunstâncias.

Você seria capaz de amá-la?

Dizer que a noite havia passado devagar ou rapidamente, ou que ela sequer realmente havia passado, era absolutamente inviável naquele momento. As luzes do lado de fora não invadiam nenhum dos cômodos da pequena casa de Lauren naquele lugar. Os olhos verdes, por horas abertos, com as pupilas mais dilatadas que o normal para se acostumar com a escuridão. Ela não sabia há quanto tempo estava ali, deitada em seu sofá com as mãos em seus próprios cabelos, mas ela sabia que se tratava de um longo tempo. Um longo tempo perdido pensando em uma única coisa.

Virou-se de lado disposta a tentar dormir por algumas horas antes de voltar a lidar com tudo que havia caído em sua vida junto com aquele meteorito. Balançou a cabeça negativamente, pensando que se tivera saído poucas horas antes do Centro para dividir a noite com sua família nada disso teria acontecido. Ela não teria visto o fabuloso meteorito contar o céu, não teria ido até ele e encontrado Camila, não teria ajudado-a e inserido milhares de questionamentos em sua cabeça. Porque, de fato, a ocasião era no mínimo curiosa.

Depois de alguns longos minutos revirando pelo sofá, a Engenheira finalmente conseguiu pegar no sono, parando, por algumas poucas horas, o turbilhão de pensamentos que a incomodavam.

Um agudo e irritante barulho, espaçado por intervalos irregulares, soava pela pequena casa como se não houvesse amanhã para soar novamente. As ondas sonoras sendo capitadas pelos tímpanos de Lauren, que ainda inconsciente, não podia compreender de onde aquele irritante ruído vinha. Aos poucos, a Engenheira começara a despertar, recobrando a consciência e sentando-se no sofá. O barulho parou por longos segundos, fazendo as sobrancelhas de Lauren se erguerem quando voltou com toda a força, repetindo e repetindo e repetindo.

The MeteoriteOnde histórias criam vida. Descubra agora