Notebook

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Olá? Ainda tem alguém por aqui?

Eu sei, eu demorei, e sinto muito. Não vai adiantar muito eu ficar me explicando, porque não vai mudar a demora toda, mas eu estou de volta, saindo de uma fase complicada e exaustiva, mas estou aqui para vocês, se vocês ainda me quiserem.

Esse capítulo só tem 2.000 palavras, porque eu estava planejando postar esse e o outro que já estou escrevendo juntos, mas aí as meninas do grupo me deram uma luz e decidi postar um hoje e outro amanhã. Isso mesmo, NUMA SEGUNDA FEIRA!!

Enfim, esse cap tem algo diferente dos demais, vocês vão detectar logo. Espero que gostem.

Boa leitura! Estava com saudades de vocês.

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     Quase sempre, em nossas vidas, somos obrigados a fazer escolhas que não queremos. Por quê não podemos ter os dois? Saber o que aconteceria se seguíssemos caminhos diferentes e então decidir o que coletar, de bom ou ruim, de cada um deles? Em algum momento já passou por sua cabeça como sua vida poderia ter sido diferente se você pudesse prever as consequências das suas escolhas? Ficar ou não com aquele cara, aceitar ou não o emprego, fazer aquela viagem ou não, sair para dançar ou não. Como seria o mundo se tivéssemos o controle de tudo? Onde nossos interesses iriam parar?

     — Obrigada, eu aviso a ela que você passou por aqui. — a voz distante de Normani fora ouvida com dificuldade, sendo seguida pelo som da porta se fechando.

     Lauren abriu os olhos e respirou fundo, esfregando seu rosto com as mãos. O corpo de Camila encaixado a sua lateral impedia que ela fizesse movimentos maiores, tais como se espreguiçar. Seus olhos se focaram no teto do quarto enquanto as cenas do dia anterior passavam por sua mente, ela não sabia no que estava se metendo, mas sabia que estava mexendo com gente grande demais e que estaria em grandes riscos.

     Duas leves batidas na porta do quarto foram ouvidas antes que Normani a abrisse e colocasse sua cabeça para dentro, dando um leve sorriso ao se deparar com os olhos de Lauren a saudando.

     — Lucy veio deixar os remédios para Camila. — levantou uma sacola plástica para que a Engenheira pudesse ver. — Dinah foi se encontrar com Ian, ela acha que pode conseguir trazer algumas paginas daquele caderno para Camila hoje. — continuou e se recostou no arco da porta.

     — Eu estou com um pouco de medo, Mani. — verbalizou. — Estamos mexendo em algo podre, e eu sinto como se a cada momento estivéssemos mais perto de afundarmos nisso e acabarmos com nossas vidas. — suspirou, apertando o corpo de Camila ainda mais no seu.

     — Não é como se pudéssemos voltar atrás agora. — a mulher respondeu. — Não podemos jogar Camila de volta para o espaço e vivermos fingindo que algo de muito errado está acontecendo. Eles sabem sobre a espécie de Camila, sobre o planeta dela, por que não podem fazer nada? — abriu um pouco mais a porta e se aproximou do criado mudo, deixando a sacola com o remédio em cima do móvel. — Camila é nossa agora, Lauren. Ela é sua, sabe? Não como um objeto ou um bicho de estimação, mas ela é sua como eu e Dinah. Ela é uma de nós, e nós vamos ajudá-la. — a Engenheira assentiu, seus olhos ardendo com a vontade de chorar depois de ouvir uma de suas melhores amigas falar daquela maneira sobre alguém que ela considerava tanto.

     — Camila vai cuidar de vocês também. — a voz rouca e falhada da garota atraiu a atenção das outras duas, pegas de surpresa por estarem sendo ouvidas. — Uma de vocês. — murmurou e afundou seu rosto no ombro de Lauren, respirando fundo e esticando suas pernas.

The MeteoriteOnde histórias criam vida. Descubra agora