Casamento

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Já se passou muito tempo desde que fui morar com Camillo. Finalmente chegou o dia tão esperado, vou me casar com um cara que me ama de um modo inimaginável.

Ele viajou a trabalho e ficou de me encontrar lá no altar do casamento.

Acordei indo imediatamente ao banheiro, para tomar meu banho de espuma.

Fiquei olhando para meus braços enquanto isso, já que depois do casamento iria aparecer a marca do companheiro.

Fiquei um bom tempo, até que sai, olhei para o relógio e percebi que estava atrasada para ir ao salão, me vesti e sai correndo até lá.

Como eram apenas 10 km até lá, cheguei rapidinho.

Assim que eu entrei, a cabeleleira me colocou sentada em uma das cadeiras.

-Cabelo bonito.
K: Obrigado.
-Formatura?
K: Casamento.
- É o que da noiva?

Olhei para ela, virando bruscamente a cabeça, fazendo com a ela me queimar com a prancha.

K: Como assim?
- Você é nova, deve ser a prima.
K: Porque eu teria que ser isso?
- Você é uma pirralha, queria que eu falasse o que? Que era a noiva? Me poupe.
K: Sim, eu queria, pois é exatamente isso que eu sou.
- Até parece.
K: Querida não é culpa minha e você não casou.

Ela me olhou pelo espelho com olhos arregalados, e continuou a fazer meu penteado.

O tempo parecia se arrastar, já estava ficando impaciente quando finalmente acabou.

- Ele deve ser horrível para querer você.

Amostrai uma foto pra ela.

K: Você tem razão. Ele é horrível, horrivelmente bonito. Até mais ver.

Falei saindo para a casa do meu pai, onde iria me arrumar.

A empregada, faz uma linda maquiagem em mim, e eu pus o vestido. Já indo para o carro, levando uma pancada nas costas, olhei e meu pai estava desmaiado.

Então vi Heitor, ele partiu pra cima de mim.

Vi a saia do meu vestido ser rasgada.
Comecei a arranhar e morder.

H: Está só começando.
K: Há?
H: Você vai descobrir, e essa descoberta pode te matar.

Ele disse indo embora, olhei e ele tinha feito um desenho com as garras, o ataque não foi atoa.

Corri até a igreja, quando entrei vi a cena mais linda do mundo, Camillo de terno vermelho me esperando.

Lembrei então do meu estado, e vi a preocupação estampada no rosto do meu noivo.

K: Depois eu conto.
C: Não vou discutir.

Fizemos todo o ritual mas a parte que eu mais gostei foi:

- Pode beijar a noiva.

Ele me beijou calmamente, como se cada segundo fosse o último, me pôs nas costas e correu até em casa, segundo ele isso era uma tradição de seu bando, passado de geração em geração.

Eu só curti o momento, amanhã seria um longo dia, quando ele descobrisse sobre Heitor.

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⏰ Última atualização: Aug 24, 2016 ⏰

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