Você achou que eu cederia?

64 2 0
                                    


Capítulo 3— Você achou que eu cederia?

Uma semana, sete dias, 118 horas.

Eu estava a ponto de mandar um " caramba, fala alguma coisa" para Mari, mas meu orgulho me controlava de tal modo que eu me contentava de ver o "online" e as fotos que ela postava no Line.

Naquele dia em que nos falamos pela primeira vez, eu não a respondi, porque não compreendi o que ela quis dizer com aquela resposta. Megan disse que ela se sentiu ofendida, e falou para eu mandar desculpas, já Sophia disse que ela devolveu minha cantada barata no mesmo nível, e era para eu puxar assunto como se nada tivesse acontecido e Christian disse para esperar uns dias antes de tentar falar com ela novamente. Eu não sei como, mas Christian me pareceu o mais sensato dali e não me atrevi a falar com a Ueda até então.

Já estava a ponto de puxar assunto, ela havia trocado a foto do perfil fazia alguns instantes. Uma meiga, mas eu sei que de meiga essa criatura não tem nada.

— Hm.

Joguei o celular para o lado da cama e encarrei o teto.

Em meio ao meu martírio eu me encontrava deitado, com uma roupa confortável de ficar deitado em casa. Por sorte, na pensão onde moro não havia tanto barulho e isto facilitava para descansar um pouco.

Aqui além de ser uma quantia que não pesa no meu bolso é aconchegante. A arquitetura do prédio é o que deixa tudo mais confortável ao ponto de parecer uma imensa casa.

É parecido com um bolo de casamento quadrado com colunas expostas na base, porém todos os andares têm o mesmo tamanho e não há sacadas. Os quartos são estreitos e com apenas uma janela grande de vidro. Já o corredor é um pouco mais largo, e o banheiro fica no começo do corredor ao lado da escada. É um banheiro simples, com uma banheira e ducha, sanitário, e pia, totalmente coberto por azulejo. O andar base é destinado apenas para a cozinha, sala, hall de entrada e a lavanderia, além de ser menor que os dois de cima, pois ao lado é a área de lazer para churrascos e afins.

Em pensar que em uma sexta eu estaria em casa, bufei irritado. Queria sair com o pessoal do escritório, jogar sinuca, jogar qualquer coisa e beber com eles, mas, não animei.

— Vou pedir comida.

Falei comigo mesmo, quando estou só gosto de falar algumas coisas aleatórias. Me sinto menos sozinho nesse pequeno quarto de pensão, apesar de que aqui quase nunca é silencioso ou quieto.

Morar em uma pensão tem as suas vantagens, por exemplo, tirar o lixo. Quem faz essa tarefa é a dona da pensão, ela cozinha, passa, lava e etc, ela e a família, que moram em uma casa pequena ao lado da enorme pensão. Pagamos pelo serviço e aluguel do quarto. É como uma casa cheia de quartos pequenos, e cada andar tem um banheiro, o lado desvantajoso, já que é preciso ter sorte na hora de ir banhar.

Outra vantagem é a distância da revista até aqui, fica bem perto cerca de sete minutos de metrô. Por este motivo muitas pessoas que trabalham na Moon moram na pensão, incluindo Christian, Drew e Cindy. Algumas pessoas dizem que está é a casa Moon, somente três pessoas que são estudantes universitários que não trabalham na revista moram na pensão.

— Oi, me traz uma Calabresa individual, uhum, na casa Moon, quarto 27. Ok, vou aguardar. — terminei de pedir uma pizza.

Aos finais de semana a dona da pensão não faz comida, apenas serve o café da manhã e de resto temos que nos virar. Como é sexta à noite, ela costuma fazer uma sopa somente para quem deixa reservado o pedido e eu acabei esquecendo de deixar reservado. Uma merda, porque não sou lá muito fã de pizza e tive que pedir da pizzaria que fica há um quarteirão daqui. É costume todos da pensão pedirem pizza lá, por ser o local mais perto e não pela massa ser boa.

A garota da CapaOnde histórias criam vida. Descubra agora