Memórias e promessas

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Capítulo 11— Memórias e promessas



Abri os olhos sentindo como se alguém estivesse observando minha face, pisquei algumas vezes para me acostumar com a claridade do quarto. Notei que havia dormido de bruços, dei um longo bocejo e arrisquei fechar os olhos novamente.

—Leon, você ainda tem a sua primeira cueca!

Que?

Como assim tenho .... Mas, que diabos!

Um gato ficaria com inveja da minha malemolência em ficar de pé em instantes. Realmente, eu parecia um gato assustado fugindo da cama dos donos. Até mesmo me senti zonzo quando firmei os pés no chão.

— O que está fazendo Mari?

Perguntei, minha voz estava um pouco rouca e miada.

Minhas costas ardiam, senti minhas panturrilhas dormente e um sono do caramba. Ficar de olhos abertos estava sendo uma tortura, eu queria voltar a dormir mais.

— Estou vendo suas coisas! Olha que fofo essa cueca palhaços!

Mari balançava a cueca de um lado para o outro.

Me questiono de como ela descobriu em meio as minhas gavetas da cômoda, essa cueca infantil que minha querida mãe fez questão de guardar por ali. Bufei. O quarto não era grande, na verdade o maior quarto da casa é o dos meus pais, portanto, o meu cabia apenas a cama de solteiro, a cômoda, um baú de brinquedos e uma mesa para o meu computador.

— Largue isso, vamos voltar para a cama.

Estiquei meus músculos, ainda continuava despido.

Uma das melhores sensações do mundo é ficar inteiramente nu, e ainda sentir a nostalgia de acordar no quarto de sua casa. A casa que viveu por tantos anos. No meu intimo eu esperava que dona Mariah aparecesse na porta me trazendo o café da manhã com uma revista de moda ao lado.

Foi desta forma que conheci a Moon.

Minha mãe gostava desta revista, e quando surgiu a vaga de emprego, minha nossa, foi uma sorte tremenda eu saber como elogiar aquele lugar e principalmente falar sobre o conteúdo da moda internacional.

— Vista algo, você vai pegar um resfriado.

Meus olhos encontraram os da Ueda, ela percorria meu corpo inteiro. Realmente sou uma escultura planejada por Deus para enlouquecer qualquer mulher que me veja. Se eu tivesse vocação seria modelo.

— Não estou a fim.

— Ah, espero que não se importe.... Eu vesti a sua camisa que achei na gaveta.

Ela vestia minha blusa do uniforme de Ellesh, acredito que seja uma das poucas coisas que deixei aqui na casa dos meus pais. Observei que apesar de curto e não tampar, qualquer coisa daquele corpo chamativo, Mari ficava mais sexy vestindo algo meu.

— Hm, que horas acordou?

— Há pouco, tomei um banho e vim ver suas coisas.

Aproveitei sua distração ao falar e me aproximei.

Não foi preciso dar muitos passos para encaixar meus braços envolta daquela silhueta que adorei apertar pela noite toda. Pelo menos um beijo de bom dia eu merecia, e foi o que fiz.

Os fios molhados tocaram minha pele, me causou um arrepio.


A garota da CapaOnde histórias criam vida. Descubra agora