Você é a resposta

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Capitulo 12— Você é a resposta

Normalmente em um drama este momento seria aquele que o personagem principal enche a cara com o amigo e acabam falando bobagens. Mas, no nosso caso é diferente.

Comida era o que precisávamos neste momento.

Por sorte, ainda tinham sanduiches nas prateleiras da loja de conveniência. Compramos para consumir dentro da loja, e para não engasgar compramos também refrigerantes.

Resolvemos encostar no balcão a frente do vidro da vitrine da loja. Não havendo ninguém para disputar os bancos, escolhemos sentar mais à vontade, ou seja, eu em um banco mais na ponta e ele na outra enquanto nossa comida ficava entre nós em cima da madeira.

— Você lembra quando entrei para a polícia? Cara, eu devia ter escutado o conselho do meu professor, foi horrível quando me transferiram para fazer aquele curso no exterior... Sério, me colocaram em reformatório!

— Wow, pensei que tinha se transferido porque quis.

Yuri me contava sua desventurada carreira de policial. Assim que terminamos o colegial ambos entramos para Universidade de Howira, também estudamos feito condenados para o vestibular, enfim.

Ele optou pelo curso de Astronomia, mas, a família dele não aceitou e o pai dele conseguiu encaixa—lo na corporação novata de policiais.... Pelo que o próprio me disse, não foi bem uma opção trancar a matricula, seus pais tinham uma grande expectativa quanto a carreira que ele seguiria.

No fim das contas, o Koyama teve de entrar na corporação. Isto, já tendo cursado dois semestres de Astronomia, e foi nesta época que perdemos o contato. Anos mais tarde, ele me adicionou no Facebook, porém, trocamos poucas palavras no chat ... Recordo vagamente que ele estava sem celular na época e não trocamos números para contato devido a isto.

— Nem se me pagassem o dobro! Aquele reformatório não é um bom lugar para ganhar experiência, eu mal dormia ou comia! Foi um inferno ter de fazer a patrulha ali...

— Mas, o que fez para voltar?

— Quando se quer uma coisa, a gente tem que ceder algumas coisas... E bem, eu meio que usei o meu charme para fazer a esposa do meu superior me transferir para outro lugar. Sabe, eu sou um cara irresistível, ela logo se apaixonou e foi fácil pedir ajuda.

— Você é um canalha, não tem vergonha de dizer essas coisas?

— Eu não, se eu fui concebido com essa beleza, você por acaso acha que eu não usaria?

— Isso é bem típico de você isso...

— O sujo falando do mal lavado! Eu me recordo quando pedia para a representante de turma as anotações das aulas que matávamos e usava esse sorriso aí!

— Isso é diferente, enfim, e o que aconteceu depois? Por que voltou só agora?

— Ah bem, foi meio complicado.... Meu chefe me transferiu para a Escandinávia, e fiquei por lá algum tempo fazendo patrulhamento nas ruas, até que.... Bem, até que eu me envolvi com a irmã do meu parceiro, e deu ruim. A mulher queria casar, e eu não, aí já pode imaginar...

— Que mancada!

— Consegui outra transferência, mas, foi para a Suíça e por lá... Eu conheci uma garota muito especial! Ela me deixou louco, totalmente deslumbrado! Sabe, a garota me fez ver que minha vida estava uma merda gigante e tomei coragem para pedir demissão.

— E seu pai? Quer dizer, ele foi o que te obrigou a ser policial.

— Meu pai faltou arrancar meu fígado, disse que eu não poderia voltar para casa. Foi aí que comprei o apartamento que estou morando agora, na verdade, eu pedi para Yuki comprar no meu nome, porque continuei na Suíça.

A garota da CapaOnde histórias criam vida. Descubra agora