NOVA RAÇA - CODINOME: IGOR (Concluido)

EM SEGURANÇA

Meia hora foi o tempo exato que levamos da mansão da colina até a ilha fazenda, que fica localizada ao norte da ilha pais. Não tinha ideia de que o meu hidrocar era capaz de ser tão veloz e ter tantas funções. Icky foi um ótimo navegador e mesmo ele tendo me pedido para deixar o hidrocar em pilotagem assistida, eu não poderia perder a emoção de pilota-lo. Navegamos o tempo todo por baixo dágua. Icky disse que seria mais seguro. Apesar do hidrocar não ser detectado por nenhum tipo de radar, sobre a água seríamos facilmente vistos. Apesar de Icky ser meu navegador e na verdade ser praticamente o piloto, ele não parou de scanear a todos que estavam no galpão. Danilo veio o tempo todo mantendo contato telepático com a Mama. Assim que chegamos a ilha, estaciono o hidrocar a frente da enorme mansão. Antes de sair do hidrocar eu digo:

- Continua imponente.

- É pequeno.

Descemos do hidrocar.

- Isso é uma mansão bem antiga.

- Sim Danilo! Ela sobreviveu a grande enchente. Lógico que antes aqui não era uma ilha. Mas continua nas terra que eram da família da minha mãe. Foi construída pelo pai do meu avô. A ideia era tranforma-la em um hotel, mas logo após a construção veio as enchentes da grande catástrofe. Tem muitos quartos, não tenho ideia de quantos, pois quando meus avós vieram viver aqui não utilizavam toda a mansão. Acabaram usando a área como uma fazenda para o plantio de frutas e legumes orgânicos e hidropônicos. Depois que meus avós morreram, minha mãe resolveu deixar a casa fechada. Acredito que lá dentro deve estar tudo em ordem. Tinham alguns andróides que cuidavam da limpeza e manutenção da casa e minha mãe os deixou por aqui cuidando de tudo. Uma vez por ano ela vem aqui ver se está tudo em ordem.

- Estou percebendo mesmo pequeno. Não parece que está abandonada.

- Pois é. Os andróides devem estar trabalhando nela, para que tudo fique como meus avós deixaram.

Paramos em frente à grande escadaria da entrada. A mansão parece mais um palácio antigo em meio a mata.

- Bom. Vamos entrar. E lá de dentro você pode pedir a Mama para que comecem a vir para cá.

Nos olhamos e Danilo me beija. Longa e demoradamente.

- Agora podemos entrar.

Chego a porta de entrada e digito o código de segurança no painel localizado ao lado esquerdo da porta. Não teria como esquecer a senha. É o nome dos três netos. Cristian, Bernardo e Vitor.

Entramos. O grande hall de entrada continua o mesmo. Todo branco e com uma escada central ao fundo. O piso de mármore e as colunas arredondadas. Detalhes em aço e madeira se misturam. Aos lados da escada duas portas. Uma de cada lado. Saem para um corredor. Ao lado direito leva para a cozinha é ao lado esquerdo para a biblioteca. A mansão possui três andares. Em sua maioria é encrustada na montanha. As vezes me pergunto se meu bisavô construiu isso como um hotel ou como um forte. Ainda com saída para o hall de entrada, ao lado direito uma grande porta de vidro. É um salão de festas e ao lado esquerdo um pequeno auditório com uma grande tela de transmissão de imagens. Aqui se misturam o velho e o novo. A tecnologia e arquitetura do antigo mundo.

Um andróide de segurança vem a nosso encontro. Ele para em minha frente. Percebo que ele me scaneia.

- Senhor Vitor! Seja bem vindo.

- Obrigado. Desculpe mas não lembro do seu nome?

- Orby. Sou o andróide segurança.

- Você é o andróide que toma conta de tudo?

- Sim senhor Vitor. Sua mãe, a dona Laura me deixou encarregado de cuidar de tudo. Já estou aqui a mais de três décadas. Eu era funcionário dos seus avós.