ALIVIO... SERA?

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    Os segundos que me separaram desde que Mama sumiu da minha frente e reapareceu com Danilo pareceram eternos.
Eu o abraço forte e ele retribui meu abraço.

   - Onde você estava grandão? Eu vi o galpão todo demolido num monte de ferros retorcidos!?

   - Mama me pegou no último instante, pequeno. Eu controlei o Flávio o máximo que pude com minha telepatia, para que todos pudessem sair. Espero que não tenha ficado ninguém lá. O Flávio estava descontrolado. Não consegui domina-lo. Acredito que ele tenha morrido.

   - Vou verificar se estão todos bem! (Mama diz).

   - Ok Mama. (Eu digo). - Icky! Vá com ela. Scaneie todos e arquive os em seu banco de dados. Precisamos ter um registro de todos para que ninguém se perca daqui para frente. Seja discreto pois não quero que ninguém pense que está sendo monitorado por nos. Danilo! Precisamos ir até a sua casa pegar o hidrocar.

   - Nossa como vamos até lá? Meu aerocar ficou na sexta cúpula. E acho que foi destruído.

   - A Mama vai ter que pular conosco até lá.

   - Não é tão simples assim Pequeno. A sexta cúpula não tem monitoramento na entrada então entra e sai quem quer. A quinta cúpula apenas os operários são scaneados. Mais na primeira ninguém passa sem o monitoramento. Se sairmos da primeira cúpula sem ter sido scaneados na entrada eles vão nos indagar para saber como entramos.

   - Verdade! Tinha me esquecido disso. Mas a essa hora minha mãe ainda está na fábrica aqui na quinta cúpula. Podemos ir até lá.

   - Certo! Mas vamos sem pular. Precisamos ser discretos. Vou contactar um aerotaxi de transporte de pessoas.

   - Não Danilo! Melhor não. Vou contactar minha mãe. É melhor.

   Pego minha tela de bolso para estabelecer uma conexão com minha mãe. Não quero que ela veja essa multidão aqui no antigo galpão através do holograma da mini tela de pulso.

   - Mãe!

   - Oi Vitor! Está tudo bem? Onde você está?

   - Estou bem mãe. Mas preciso de outro favor. Preciso que você venha me buscar no antigo galpão aqui na quinta cúpula e me leve para casa.

   - Tudo bem filho. Mas vocês estão bem?

   - Sim mãe. Estamos bem. Pode vir agora?

   - Sim. Estou indo.

   Desligo a tela de bolso.

   - Ela já está vindo Danilo.

   - Que bom. Vamos esperar lá fora.

   Nos aproximamos da porta. Mas ela está trancada. Danilo usa seus poderes de telecinese e o cadeado se destranca sozinho. Saímos e ele faz com que o cadeado se tranque novamente.
Paramos na esquina do antigo galpão.

   - Grandão! Preciso te perguntar uma coisa!

   - O que foi pequeno?

   - Porque o Flávio disse "Ele é meu"? Ele estava se referindo a você...

   Danilo olha para o chão. Coloca as mãos nos bolsos da calça jeans. E chuta uma pequena pedra.

   - A dois anos atrás, quando eu encontrei o Flávio na quinta cúpula, ele se apaixonou por mim. Eu gostava dele, mas não como eu gosto de você. Namoramos por três meses. E brigamos muito também. Ele era possessivo e ciumento. E achava que eu tinha de leva-lo para minha casa. E bancar as coisas que ele queria ter. Ele nunca admitiu o fato de eu ter terminado tudo.

NOVA RAÇA - CODINOME: IGOR (Concluido)Onde histórias criam vida. Descubra agora