FIM!

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Abro meus olhos devagar e sou cegado pela forte luz branca do ambiente. Pisco algumas vezes para me acostumar a claridade. Percebo que estou deitado em uma maca, pois escuto o barulho de uma máquina que provavelmente está registrando meus batimentos cardíacos. Nunca imaginei que no céu poderia ter hospital. Ouço vozes.

- Ele acordou!

- Deixe que ele reaja!

- Sim! É o recomendado. Peço que vocês não afobe e não estresse o paciente...

Duas vozes são familiares. Minha mãe e o Danilo. Será que eles também morreram?

Levanto a cabeça e vejo um homem de cabelos brancos e jaleco. Deve ser o médico?

- Eu morri? Estou no céu? (Pergunto para ele).

Ele sorri e diz:

- Não Vitor. Você só desmaiou pelo susto.

Sinto uma pequena fisgada na lateral direita do meu corpo. Próximo ao meu peito.

- Aí!

- Calma meu jovem você levou um tiro de raspão, mas nada grave.

Minha mãe e o Danilo se aproximam.

- Fica tranquilo meu filho você está bem agora...

Ela sorri e devolvo o sorriso. Olho para o Danilo.

- Cadê todo mundo Danilo? O Beh? A Mama? O Icky? O que houve? Por quanto tempo eu apaguei? (Digo rápido e meio assustado).

- Calma meu pequeno. Muita coisa aconteceu.

- Não estresse o paciente. (Diz o médico novamente).

Danilo olha para o médico e olha para mim. Ele levanta braço direito até a altura da cabeça e bate o dedo indicador na lateral. Vamos conversar sem que o médico perceba.
Minha mãe percebe o movimento do Danilo e segura em seu braço. Eles se olham e ela balança a cabeça negativamente. Como se estivesse o repreendendo. Ele assente. Mas mesmo assim eu insisto em sua mente.

- Vai me contar ou que houve ou vai ficar recebendo ordens dá minha mãe?

Ele sorri para mim.

- Calma amor! Você ficou inconsciente por mais ou menos 24 horas. Estamos todos bem. Apesar de termos perdido alguns dos refugiados durante a luta. Infelizmente alguns morreram tanto do nosso lado quanto do lado da corporação.

Eu fecho os olhos.

- Vamos deixa-lo descansar mais um pouco Danilo. (Minha mãe diz).

- Sinto tanto por eles Danilo. Eu não queria que fosse assim.

- Eu sei meu pequeno. Mas pelo menos tivemos resultados.

- Como assim?

- As vacinas pararam de ser fabricadas. Eu e o Bernardo fomos convocados para fazer parte da nova equipe de pesquisa das empresas do seu pai. Vamos aprimorar os estudos. Isolando os genes gay. Para que ao tomar a vacina ela apenas possa agir com o intuito de evitar as doenças.

- Você está de brincadeira comigo não é grandão?

- Não meu amor. Tivemos uma longa conversa com seu pai. Que inclusive foi encontrado amarrado no banheiro do escritório dele. O tempo todo ele estava sendo chantageado e ameaçado pelo seu irmão, Cristian. A ideia do seu pai era sim montar um exército com os membros dá nova raça, mas não para ter poder sobre as outras ilhas e sim para que os membros pudessem ajudar as ilhas.

- Eu não estou entendendo mais nada Danilo.

O barulho da máquina que monitora meus batimentos cardíacos dispara. E o médico pede para que eles saiam do quarto.

NOVA RAÇA - CODINOME: IGOR (Concluido)Onde histórias criam vida. Descubra agora