NOVA RAÇA - CODINOME: IGOR (Concluido)

MAMA

Não sei mais o que fazer. Vão me chamar de louca se eu contar isso para alguém. A anos convivo com essas visões...

Depois de muito tempo sem chuvas justo hoje que preciso encontrar aquele casal essa chuva resolveu cair. Bom não posso reclamar. Sei que vou encontrar-los hoje, porque em minha visão também estava chovendo. Só não estou gostando porque estou toda molhada e tenho medo de assusta-los por estar assim. Em minha visão os via em frente a um grande barracão e eu sei onde ele fica. Caminho pela chuva. Olho para trás não tem ninguém na alameda. Estou perto do barracão. Minha esperança é que minha visão não tenha me enganado. Eu vou encontra-los lá.

Viro a esquina a minha direita. O barracão fica poucos metros a frente. Espero que eles não se assustem comigo. Estou parecendo uma delinquente.

Paro em frente ao grande barracão. A chuva não dá uma trégua. Droga o cadeado está trancado. Não tem ninguém aqui.

Um aerocar está vindo para cá. Deve ser das forças especiais, se eles me pegarem aqui é meu fim, sabe se lá o que podem fazer comigo.

Corro e me escondo em um pequeno beco do outro lado da rua. Daqui consigo ver a entrada do barracão. Vou ficar aqui até o casal aparecer.

O aerocar se aproxima e para na frente do barracão. Graças a Deus não eram os agentes das forças especiais. São eles... Como vou aborda-los sem assusta-los?

O homem está destrancando o portão enquanto eu atravesso a alameda. Ao chegar próximo do aerocar ele se vira e olha espantado para mim.

- Desculpe Senhor. Eu não queria assusta-lo. Mas preciso muito da sua ajuda. (Falo de maneira tranquila).

Ele olha em direção ao aerocar. Sei que sua esposa está lá dentro. Ele parece assustado.

- Senhor! Me chamo Heleonora tenho trinta anos. Estou com sérios problemas de saúde desde os meus vinte e um anos e preciso muito da sua ajuda.

Ele me olha com um olhar mais complacente. Se afasta do portão e vem em minha direção. Fico com os braços e a mãos na frente do meu corpo para que ele veja que não estou com nenhum tipo de arma.

- Qual o seu problema minha jovem? (Ele diz ao se aproximar).

- O Senhor pode até pensar que estou louca. Mas sei que o Senhor pode me ajudar... Eu vejo o futuro e sabia que encontraria o Senhor e sua esposa aqui, agora. Sei que somente o Senhor pode me ajudar.

Percebo que ele não se assusta com tudo o que eu digo.

- Vamos entrar no barracão minha jovem já tomamos muita chuva aqui fora e para alguém doente isso não é nada bom.

Ele destranca o portão. Entro com ele enquanto sua esposa pilota o aerocar para dentro do barracão.
Percebo que há uma boa estrutura aqui dentro. Mesas de refeições, banheiros. Parece um alojamento.
A esposa estaciona o aerocar dentro do barracão e desembarca. Uma mulher muito bonita. Cabelos lisos e pretos, pouco abaixo dos ombros. Labios vermelhos, olhos muito bem desenhados e com sombras pretas. Ela está vestida com uma calça colada ao corpo uma camiseta básica branca e saltos finos e altos, pretos. Aparenta ter pouco mais de quarenta anos.

Ela me observa.

- Boa noite Senhora. Não se assuste comigo pelas minhas roupas.

- Boa noite minha jovem. Fique despreocupada, sou médica e assim como meu marido, não nos assustados com facilidade. (Ela diz em um tom gentil porém firme).

- Doutor! Eu sei que o Senhor pode me ajudar. Por favor não sei mas o que fazer e muito menos a quem recorrer.

- Me fale mais sobre o seu problema... Ou eu posso dizer... Habilidade.