Consequências Do Amor

Capitulo sete- O final ❤️

Vejo, hoje, a pessoa que eu sou, vejo o quanto eu mudei, o quanto eu fui forçada a mudar. Carolyne, minha filha, está cada dia mais linda e inteligente, sou eternamente grata a ela e a Liam por terem me perdoado por tudo que eu fiz. Hoje, infelizmente, faz um ano que a mãe de Liam morreu. Sei que ele está tentando esconder a dor deste dia, mas mesmo assim ele prefere lutar contra a tristeza.

Você deve querer saber como estão as coisas por aqui. bem, Liam voltou a trabalhar, eu prefiro ficar em casa com a Caolyne, os cortes sumiram e restaram apenas as fortes cicatrizes. Quando vejo essas cicatrizes, um filme passa pela minha cabeça e vem um aperto no coração, uma época em que eu tive que lidar com meus problemas e com uma dor tão insuportável que seria capaz de me trucidar todos os dias. Até que um dia, Liam e eu estávamos sentados na varanda, Carolyne chegou e eu a peguei no colo, ela me observou e viu meus pulsos.

- Mamãe, o que é isso?

Essa frase. Eu não sabia como lidar com ela, não sabia o que dizer, ela estava muito nova para saber sobre aquilo. Não consegui dizer nada, mas Liam soube o que dizer.

- Filha - Ela se virou pra ele - essas marcas... são de uma guerreira. Que foi pra uma guerra e venceu, mas um soldado não sai sem ferimentos, ele luta não é? - Ela balançou a cabeça em afirmativa. - Então, essas são as da mamãe.

Ela olhou pra mim, não sabia como ela tinha entendido as palavras do pai, ela me abraçou e disse:

- Eu te amo pra sempre mamãe.

Meus pais, com o tempo, voltaram a falar comigo, quando viram minha filha pela primeira vez, ficaram todos derretidos, se é que você me entende. E por mais incrível que pareça, já usaram os próprios nomes de vovó e vovô para se referir a ela. Achei lindo, já nesse primeiro dia eles se pronunciaram a cuidar de Carolyne e falaram que era para eu e Liam arrumarem algo para fazer e deixa-los a sós com a neta. Bem, decidimos deixar, ficamos até comovidos com a vontade que eles estavam.

Liam, então, me levou em um mirante, lá tinha um banco onde sentamos e ficamos observando a cidade do Rio De Janeiro, ele me envolveu com os braços e me perguntou:

- Tá pensando em quê?

- No quando minha vida mudou, não era isso que eu planejava quando tinha 16 anos.

- É... as coisas mudaram e nós mesmos mudamos, em bons sentidos.

- Acho que a Sarah de 16 anos se assustaria ao ver uma Sarah de agora.

- Eu não acho, acho que a Sarah de 16 ia ter orgulho de você agora, por tudo. – Olhei pra ele e beijei seus lábios. Depois ele continuou:

- Sabe o que não mudou?

- O que?

- O meu amor por você! Todos os dias que eu te vejo, é como se fosse o primeiro do dia em que me apaixonei por você. – Eu ri um pouco comigo mesma:

- Eu me lembro que um dia, a gente estava conversando e você disse que faria tudo de novo se pudesse, não se arrependeude ter me conquistado.

- Eu me lembro muito bem disso. E de onde você tirou aquela pergunta... "Como você se vê com 70 anos?"?-Nós dois rimos e eu disse entre as risadas que não sabia. Ficamos ali, juntos, como se fossemos adolescentes, não éramos muito adultos, mas sabíamos o que era ser um.

- E você se arrepende de ter tido nossa filha? – Eu sabia que independente da resposta ele iria entender, mas preferi responde-lo com o coração.

- Sabe o que eu acho? Consequência do amor.

- Pensando bem, isso não soa mal. Carolyne, nossos problemas... foram tudo consequências do nosso amor, mas valeu a pena.

- Sim, valeu a pena.