O som baixo de vozes o trouxe de volta a consciência.
Ele lentamente abriu as pálpebras pesadas. Piscou seus olhos, tentando se acostumar à luz forte, que ofuscava sua visão embaçada.
Sua cabeça estava latejando e a sua boca estava seca. Ele podia sentir o cheiro antisséptico no ar e ver as luzes fluorescentes sobre ele.
Dor pulsava por todo seu corpo; ele se sentia fraco, letárgico e dolorido, como se seu corpo tivesse sido pisoteado. O que havia acontecido?
– E aí, garoto. Eu estava começando a me perguntar quando você acordaria. – Uma voz rouca disse, fazendo com que ele lentamente virasse a cabeça para o lado esquerdo da cama para encontrar o rosto desconhecido de antes. Era o homem que o achará na praia.
– Onde eu estou? – Ele perguntou, a voz áspera e pesada. Cada sílaba produzia uma dor quase insuportável.
– Você está no Hospital St. John Bunbury. – O homem disse, os grandes braços cruzados no peito, sua postura tensa e alerta.
– O que aconteceu comigo? – Ele perguntou confuso, tentando lentamente mover as mãos. Havia uma via intravenosa saindo do seu braço, máquinas monitorando seus sinais vitais e inúmeras bandagens sobre o seu corpo. O que diabos acontecera com ele?
– É o que eu estou tentando descobrir. – O homem disse brevemente, seu tom seco e desconfiado.
– Joe. Não o atormente.– Uma bela mulher disse entrando no quarto. Ela tinha longos cabelos negros e um sorriso gentil. Ela olhou para a prancheta presa ao pé da sua cama e folheou as páginas, lendo cuidadosamente o que quer que estivesse ali.
– Não estou fazendo nada. Só queria saber se o nosso 'Fulano' havia se lembrado de algo. – O grande homem, que agora ele sabia que se chamava Joe, disse em um tom rabugento.
Apesar do tom irritado, Joe olhava afetuosamente para a bela mulher e ele logo percebeu que eles provavelmente estavam juntos.
– Eu sou a Dra. Jade Smith. Esse é meu marido, Joe Smith. Você se lembra de nós? Nós te encontramos na praia. – Ela disse calmamente, esperando para ver se ele iria se lembrar de onde eles o encontraram.
– Acho que sim, talvez... Eu não tenho certeza. Minha memória está bagunçada. Eu não sei o que é real e o que não era. – Ele disse frustrado, exausto demais para dizer qualquer outra coisa.
– Então você ainda não lembra de nada? Nem seu nome ou de onde é? – Ela perguntou cautelosamente enquanto seu marido se levantava da poltrona para ficar ao seu lado.
– Não. – Ele respondeu, sua voz preenchida com fadiga e desespero.
Enquanto Joe e Jade trocavam olhares preocupados, uma jovem de cabelos ondulados adentrou o quarto. Sua postura era séria e seus olhos se fixavam em uma série de exames em suas mãos. Após alguns momentos, ela finalmente olhou para ele.
– Olá, sou a Dra. Wade. Sou a neurologista responsável pelo seu caso. Como o senhor está se sentindo hoje? -
– Cansado.
– Era de se esperar, o senhor sofreu uma série de traumas, além de um sério traumatismo craniano. Tem muita sorte de estar vivo. – Dra. Wade disse calmamente, segurando fortemente os exames em suas mãos.
– O que aconteceu comigo? Por que não consigo me lembrar de nada– Ele perguntou.
– O trauma fez com que seu cérebro inchasse. Ele está sendo comprimido contra sua caixa craniana e isto está criando uma pressão intracraniana. Acredito que é por causa desse inchaço que suas memórias de longo prazo estão sendo suprimidas. – Ela explicou calmamente.
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Quando Você Voltar - DEGUSTAÇÃO
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