16. Eu serei Pai

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Estou quase a ponto de enlouquecer sozinho na minha casa. Acabei de receber uma ligação que fez meu coração doer mesmo sabendo de tudo o que já me aconteceu. A mãe da minha ex me ligou chorando, dizendo que sua única filha morreu em um acidente de carro. Eu estou triste e embora ema nunca na verdade tenhs me amado o que importa é que eu a amei. Sentirei muito mal por seu filho que irá sofrer com tudo isso mas se ele quiser poderei lhe visitar às vezes.

Estou arrasado embora tenha a esquecido há algum tempo, mas você saber que a pessoa que você conviveu, alou se foi e nunca mais a verá, mesmo que eu não tivesse contato com ela, doeu.

Preciso avisar a Alana que irei para a casa da mãe da Claire e irei ajudá-la e tudo o que precisar. Já que nenhuma das duas tinham um marido.

Dirijo até a casa da Alana. Paro o carro e vou em direção a porta.

- O que aconteceu Gael?

- Preciso que você seja madura agora, muito mais do que você já é.

- Você está me assustando.
Ela pega em minha cintura.

- É que a minha ex, a Claire, morreu em um acidente de carro. E eu preciso, de coração ajudar tudo no que for preciso pois sua mãe e seu filho precisam de alguém já que nenhuma delas tinha marido.

Alana ficou a me observar e fiquei em silêncio. Não havis nada o que falar.

- Você vai ficar lá até amanhã?

- Eu não sei, Alana. Eu só tenho que ir eu sinto isso.

- Pode ir meu amor. Eu entendo você. Qualquer coisa me liga.

- Eu sabia que você entenderia, eu sempre soube que fiz a escolha certa.
Durma bem, minha linda. Amanhã nos vemos.

- Até amanhã Gael.

Nos beijamos com um doce beijo suave sentindo o sabor um do outro que há horas estávamos sem sentir.

Dirigi até a residência da mãe da Claire, buzinei mas nada de ninguém sair.
Fui até a porta e bati.
Um garoto veio atender a porta e confesso que fiquei um pouco estranho.

Eu não queria pensar em mais nada quando o vi ali na minha frente. Como ela pôde ter feito isso comigo? O garoto é a minha cara, tem o meu jeito. Ele é o meu filho.

Eu desabei no choro abraçado com ele, mas ele não sabia o porque de eu estar chorando. Ele não entendia, no mínimo deve ter oito ou nove anos de idade. É tão lindo!

- Tá tudo bem?

Estava me sentindo melhor, tomando um copo de água que o garoto trouxe para mim. Dissera que sua avó estava no banho e percebi que ao andar, ele quase que me imita mesmo sem nunca ter me visto.

- Eu sabia que você um dia viria me ver.

Tomei um susto. Ele sabe quem eu sou?

- É? Você sabe quem eu sou?

- Eu sei, mamãe sempre me avisou que um dia você saberia que eu existo.

- E porque a mamãe nunca me contou?
Pergunto para ele que sem graça ou entender, não sei se vira e pega um carrinho para brincar.

- Você quer brincar comigo?

Sua avó está descendo as escadas, claro que arrasada com tudo o que aconteceu nesta noite.

Vou até ela buscando forças e tentando ser forte para tudo o que aconteceu nesta noite.
Ela vem me abraçar e choramos juntos de joelhos perto da escada.

Após alguns minutos tentando entender tudo, ela me diz o que aconteceu durante o tempo em que Claire nunca apareceu.

Ela me contou que depois que eu saí de casa, Claire foi morar com o amante e depois que o filho nasceu, ele a mandou embora. Ela foi pra casa da mãe e de lá nunca mais saiu. Sentiu-se sozinha e sem ninguém para lhe ajudar além de sua mãe.

Independente de ela ter me feito mal eu não gostaria que ela estivesse passando por tudo isso. O seu ex amante exigiu exame de DNA por seu filho parecer tanto comigo. E num é que deu positivo? Eu sou o pai do Gustavo de oito anos de idade. Exatamente há oito anos que deixei a Claire.

- Desculpe por todos esses anos nunca dizer a você, mas a Claire disse que queria lhe contar pessoalmente.

Com certeza, a Claire foi me contar naquele último dia em que a mandei embora. Ela foi me dizer toda a verdade. Mas eu não quis ouvir, eu nem tentei escutar por tudo o que ela já havia me aprontado.

- Ela foi me contar, mas eu a mandei embora.

- Eu sei Gael. Eu sei que você não merecia sofrer, mas tenha certeza de que a minha filha sofreu muito mais depois do que ela fez com você.

- Sinto muito.

- Você e ela não merecia sofrer tanto.
Eu só peço que a perdoe.

- Eu já a perdoei.

Após algumas horas, adormeci na cadeira. Mas acordei com o Gustavo me dando um abraço.

- Pai.

- Oi?

- Eu sei que você é meu pai, a mamãe me disse que quando você aparecesse eu saberia.

- Ela disse isso foi?
Me ajeitei na cadeira.

- Disse. E disse mais.
Ela disse que eu era a sua cara.

Ele foi para frente do espelho que havia em seu quarto. Ficou se olhando e depois olhou para mim.

- É verdade tudo o que mamãe me disse. Eu sou a sua cara.

Fui até ele e me olhei no espelho. Ele é a minha cara e a partir de hoje a minha vida mais uma vez está completamente mudada.

Quero Te Fazer Minha COMPLETOOnde histórias criam vida. Descubra agora