17. A ficha ainda não caiu

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Eu sou pai? Eu serei pai?
EU SOU PAI!!!!

Meu Deus ela escondeu de mim esse tempo todo? Agora terei que saber como lidar com tudo isso.

Suas pernas encolhidas e a mão no meio delas é ver a minha cópia dormir quando era desse mesmo tamanho. Sinto que além de ser parecido comigo fisicamente, será ainda mais nas atitudes. Mas espero que não seja mulherengo.

De tanto observá-lo dormir, pego no sono.

Acordo pela manhã todo quebrado porque dormi na poltrona ao lado.

Preciso ir na faculdade eu tenho que colocar alguém para trabalhar no meu lugar por alguns dias até me acostumar com essa nova vida.

Algumas horas depois e eu estou em frente a casa de Alana. Eu prometi a ela que depois de passar na faculdade estaria esperando-a aqui. Sua mãe aproveitou e me chamou para almoçarmos todos juntos.
Alana me falou para deixá-la vir sozinha da faculdade porque gostaria de conversar com uma amiga nova. Perguntei quem era essa amiga, ela disse que depois iria me apresentar, mas eu pedi que ainda não. Não era o momento certo para dizermos que estamos juntos. Mas prometi a ela que eu ia falar com o diretor para ficar tudo certo. Porque até que é bom namorar meio escondido mas precisamos dizer que estamos juntos.

Sentado na mesa com Ana, o nosso papo é sério. Conto-lhe o que me aconteceu há anos e ela fica surpresa. E mais surpresa ainda quando eu falo que tenho um filho de oito anos de idade e que acabei de descobrir.

- Gael, estou feliz por você. Ser pai com essa idade, quer dizer saber que já era deve ter sido uma felicidade. E ainda mais quando é um garoto.

Ana me abraça e beija meu rosto.

- Obrigada. Realmente foi e ainda está sendo uma surpresa. Eu não sei como agir ou pensar, como ser pai de um garoto de oito anos? Nem sobrinhos eu tenho para saber lidar com ele.

- Você vai aprender, terão muito tempo para isso.
Parabéns papai!

Ana me abraça novamente e começamos a rir.

Nesse momento Alana chega e nos flagra morrendo de rir abraçados.

- Posso saber o porque de tanta alegria nesta casa?

Joga a bolsa no sofá e vem até nós nos abraçando o mesmo tempo.

- Vocês precisam conversar meu amor.

Ana fala e beija-lhe no rosto.

- E posso saber o que?

- Não posso adiantar agora. Já comeu?

- Já sim, quero saber agora. Pode me contar?

- Vocês podem ir para o quarto. Eu fico aqui e lavo a louça.

- Ei, Ana. Pode deixar que eu lavo a louça. - interrompo-a.
- Eu e Alana juntos.

- Hum, então já que vocês irão fazer. Vou me arrumar e sair com as amigas.

- Humm, senhorita... Mas volte cedo!

Todos juntos gargalhamos depois de Alana ter falado isso.

Após a louça lavada eu e Alana subimos para o quarto dela. Se fosse em outro momento estaríamos fazendo o que a gente sabe de melhor. Sentados na cama dela, nos beijando eu parei e olhei nos olhos dela com sinceridade.

- Amor, eu preciso te falar uma coisa.
Que nem eu mesmo imaginei ser possível ou que pudesse acontecer comigo depois de alguns anos. Foi uma surpresa para mim. Só te peço compreensão porque até para mim é tudo muito novo.

- Meu amor, pode falar. Assim você falando com tanto carinho só pode ser algo muito bom para você.

- Amor. - toco seu rosto com a minhas mãos e sinto meu corpo aquecer.
- Eu serei pai.

Falo e fecho os olhos.
Alana tira minhas mãos de seu rosto e eu abro olhos. Alana está de costas para mim e fico de pé perto da cama. Tentando deixá-la um pouco longe para que pense.

- Pensei que você fosse diferente de todos os outros, Gael. Mas me enganei.

- Amor, deixa eu te falar...

- Eu não quero ouvir.

Ela se vira e vejo que seus olhos estão marejados a ponto de escorree por sua face.

- Eu não te falei tudo, minha menina.

- Eu não quero ouvir.

Eu me aproximo dela e a seguro pelos pulsos que aparentemente iam me bater.
Enconsto minha testa na dela. Sinto sua respiração e nossos corpos quentes.

Minha vontade é de jogá-la na cama e fazer amor com ela.

- Minha menina, eu não iria te trair até porque meus dias eram frios até você chegar. Você tornou meus dias cinzentos coloridos. E é somente com você que eu quero ficar.

- E porque você falou isso?

- Amor, preciso dizer a você que eu fui e sou pai.

Ela fica sem entender mas compreende.

- Como assim?

- Eu sou pai de um garoto de oito anos de idade. E só fiquei sabendo disso agora.

- Como? Mas porque só ficou sabendo disso agora?

- Claire na última vez que veio aqui, tentou me falar. Mas a mandei embora.
Eu sei que é estranho, confuso eu também não compreendo direito.

*

- A ficha ainda não caiu, minha menina.

Estavamos deitados no chão, nus. Após fazermos amor, o nosso amor.
Alana passava a mão em meus cabelos e eu alisava sua barriga, vai e vem entre o meio de seus seios e seu umbigo. Sentia Alana de arrepiar às vezes.

- Eu sei meu amor. Precisamos saber lidar com isso.

Fiquei em silêncio. Pensando sobre ter um filho com Alana quem sabe.

Com esse desejo em meu coração viro-me de frente para Alana. Coloco meu queixo em sua barriga e ela olha em meus olhos.

Continuo passando o dedo em sua barriga e entre o meio de seus seios. Ela abre um sorriso para mim.

- O que está passando por sua cabeça hein Gael?

- Eu estou pensando várias coisas. Uma delas é com você. O que quero que nos aconteça.

- Humm, posso saber o que é?

- Certo. Não se assuste.
Passo a mão em seu ventre e percebo que ela já deve ter percebido.

- Eu sei que encontrei a mulher que eu sempre desejei. Apesar de você ser muito mais nova que eu, eu sei que escolhi certo.
Depois de muitos anos solteiro, sem compromisso sério com as mulheres, ficando com uma e com outra, mesmo que o sexo tenha sido o melhor. Eu não havia encontrado ninguém como você. Depois do que me aconteceu, você sabe, ninca acreditei em nenhuma mulher. Até agora.
Depois que te conheci mudei para melhor e obrigada por sempre estar comigo. Acreditando em mim, em nós. E que venha as barreiras mas vamos superá-las juntos.

- Meu amor, obrigada por tudo o que você acabou de dizer. Fico muito feliz, sou grata a você por estar comigo.
Você foi meu primeiro homem, é quem eu quero que esteja sempre ao meu lado.

- Eu quero ser pai Alana. De um filho seu.

Fico de joelhos, como se fosse pedí-la em casamento mesmo, só que faltando roupas. Alana senta-se.

- Minha menina, eu sei o que eu quero. Quero você em minha vida.
Eu quero te fazer minha por completo.
Você aceita se casar comigo?

Quero Te Fazer Minha COMPLETOOnde histórias criam vida. Descubra agora