Capítulo 8

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- Vitor? O que faz aqui ?

- Laura. - Seu corpo rijo na minha frente, sua respiração funda e quente, seus olhos queimando meu corpo ao passear por ele todo, seus lábios molhados, suas mãos fechadas.

Sinal de perda de controle.

- O que estar fazendo aqui?

- Eu tentei dormir depois que você foi embora. Eu tentei não pensar em você, eu tentei não fuçar seu curriculum em busca do seu endereço, foram muitas tentativas em vão, mas você não sai da minha cabeça, e não me ajuda nada me recebendo assim. Com esse minúsculo biquíni. - Deixo em ênfase suas últimas palavras, poderia até dizer que ele estava brincando de separar sílabas quando falou da minha peça de banho.

- Eu estava na piscina. - Era a única coisa que eu conseguia dizer. Meus olhos não paravam de piscar e começou a arder com ajuda do cloro.

- Entre, não quero que mais ninguém te veja assim. - Minha boca se abre em um enorme sorriso literalmente de orelha a orelha.

- Você não quer entrar também? - Que ousada Laura Vitti. Já que eu estava sozinha, não via nada demais ter alguém para conversar . - Já que veio até aqui, almoça comigo ? Eu ainda não comi nada acredita?

- Claro, adoraria. - Que sorriso lindo esse homem tem. Ficamos parado na sala, ele olhando para todo meu corpo descaradamente, e eu ficando um tomate de tão vermelha, sentia minhas bochechas queimarem e não era do sol.

Ótimo, chamei ele para entrar e fico igual uma idiota sem ter o que falar.

- Eu vou subir, tomar um banho, vestir uma roupa. - Tudo sai rápido demais da minha boca, eu estava nervosa era óbvio.- E já desço tá bom?- Por que eu fui fazer isso? Deveria ter mandado ele ir embora. - Se puder ir ligando para algum restaurante.- Vou para escada mas ele me chama.

- Laura? - Viro para ele. Sua seriedade lhe deixava lindo.

Na verdade ele é maravilhoso.

Não diz nada, ele só me olha ou melhor olha para o meu corpo .

- Diz?

- Veste uma roupa composta? Por favor? - Ele ainda estava sério e segurar a risada foi muito algo muito difícil, apenas concordo e subo. Em 30 minutos saio do banho, visto uma roupa composta como ele pediu, uma calça moletom que ficava colada em mim, e uma blusa que ia ate o final do umbigo ficando uma linha da barriga de fora . Desci, e assim que pus o pé no ultimo degrau a campainha toca, passo por ele, e abro a porta, e poxa que gato.

- Deu 170. - Ele diz me entregando a comida.

- Ah claro, já volto. - Me viro e vou ate a minha carteira, quando volto a porta já estava fechada, e Vítor com a comida na mão. Seu rosto agora estava mais calmo e descontraído.

- Você sabia, que o jeito que você anda, chama atenção para sua bunda?

- Como assim ? - Digo me sentando no sofá, ele coloca a comida na mesinha de centro e se senta no chão.

- Quando você virou tinha que ver a cara do entregador para sua bunda. - Vítor tirando a comida do embrulho. Vou a cozinha pegar pratos, talheres e copos, ando um pouco, mas viro para trás, e o vejo tentando disfarçar seu olhar para minha bunda.

- Agora eu já sei com que cara ele me olhou.

Volto, entrego seu prato e talher, comemos entre risadas, e conversas idiotas, quando acabamos, levei tudo para a cozinha e voltei. Ficamos em silêncio até minha boca grande abrir.

- Então tudo aquilo que você me disse na minha porta?

- Foi tudo verdade - ele diz me olhando. Desci do sofá e fui até ele.

- Eu poderia te dizer o mesmo mas não é algo fácil para mim. Tem coisas que ainda mexem comigo, que me deixam mal, e eu preciso tirar isso de mim, mas parece impossível sempre que olho ao meu redor. - Olho para cada parte da sala e meu coração aperta.

- Quais coisas?

- Coisas passadas. Não quero falar sobre isso agora, eu só quero dizer que eu quando estou perto de você não sei. Você é bom, eu gosto, eu mal te conheço mas me sinto bem, parece que tem algo em você que me acalma.

- Eu não sei se te beijo ou se apenas concordo e vou embora, eu não consigo parar de te olhar, seu rosto, seu jeito, tudo seu tem me prendido, me encantado entende?

- Eu não estou pronta agora.

- Eu vou te esperar . Ele diz se aproximando de mim, sua mão toca em minha bochecha fazendo carinho com o polegar nela.

- Você mal me conhece. - Tiro sua mão de meu rosto.

- Me deixa conhecer. - Sua boca invade com voracidade a minha, suas mãos atacam meu corpo com força como se ele estivesse precisando daquilo a tempos, como se achasse que eu fosse fugir dali.

Então eu me esqueço de toda a negação que eu tinha feito, e tudo o que eu mais queria era que o beijo não terminasse, nos deitamos de chão e a casa parecia estar pegando fogo, por que o calor que bateu naquele momento não era apenas de sol. A cada parada de um beijo para o outro um sorriso entre nossas bocas. Suas mãos apertando minha cintura fazia com que eu desejasse mais tudo aquilo. Coloco minhas mãos em suas costas o trazendo mais para mim.

Colando seu corpo o máximo que conseguia no meu. Era uma sensação maravilhosa te-lo ali para mim.

A Babá Da Minha FilhaOnde histórias criam vida. Descubra agora