Capítulo 18

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Acordei não tao viva, não tão eu mas enfim, respirando. A noite das meninas foi ótima me divertir tanto o que me fez ficar muito cansada e com dores no corpo. Fico deitada de barriga para cima com os olhos abertos fitando o teto olhando cada foto pendurada ali. Me levanto ficando sentada na cama e vejo que estou só, saio da cama com dificuldade e vou até o banheiro em passos lentos, tomo um banho quente o que me faz relaxar um pouco, olho para o chão do banheiro e vejo sangue, toco no meu nariz e é dali que sai.

Tento limpar o sangue de meu nariz porém foi muito difícil pois quanto mais limpava mais saia, o que me fez entrar em desespero eu comecei a chorar, eu fiquei ali por um bom tempo, até que parou e eu resolvi sair, me enrolo na toalha escovo meus dentes , penteio meu cabelo, e saio do banheiro.

Quando abro a porta, Vitor está sentado em minha cama com um sorriso acolhedor, me deixando mais forte e segura por dentro, estava me esperando com uma bandeja onde tinha pão, ovos, suco de laranja, salada de frutas, um bolo, e mais afastado estavam todos os remédios que eu tenho que tomar.

- Bom dia. - Digo meio devagar e respiro do mesmo jeito.

- Como estar se sentindo ? - Ele fala enquanto vou ao meu closet parecendo uma tartaruga para vestir uma roupa.

- Bom estou respirando ainda, o que é um ponto a favor, mas eu só quero ficar deitada hoje, meu corpo dói, parece que sou uma idosa.

- Venha comer.

Fui até a cama, Vítor colocou com cuidado a bandeja em cima de mim e ai eu fui comendo ele desceu para pegar água, então minha cabeça começou a latejar um pouco, ele chegou me entregou a água e colocou um comprimido de cada remédio em minha mão.

Eu fui tomando um por um e cada vez que eu tomava aqueles comprimidos eu tinha mais sono então quando terminei o último , Vítor me deu um beijo na testa e disse que isso logo iria ter fim. Eu assenti e me encolhi em minha cama , meus olhos estavam pesados então fecharam rapidamente, minha mente se desligou e eu dormi.

Sinto alguém me cutucar e abro meus olhos, Vítor de novo, o que ele ainda fazia aqui. Olho para ele e ele tinha mais remédios.

- O que ainda faz aqui ?

- Eu fui em casa, adiantei trabalhos, olhei alguns books de meninas querendo entrar para agência. Trouxe a Maddie. - Ele diz e meu sorriso se estende, queria mesmo ver aquela coisa gostosa .

- Cadê ela então ?

- Com sua irmã, ela estar fazendo a Vitória de boneca.

- Deveria ser ao contrário . - Mesmo assim isso não me surpreende pois a Maddie tinha esse jeito autoritário, fofo e gentil.

- Já estar na hora de você tomar os remédios. - Afirmo com a cabeça e me sento na cama tomo a mesma quantidade de comprimidos de hoje de manhã, porem não sinto mais tanto sono, continuo cansada mas um pouco mais disposta, contraditório mas tudo bem.

- Obrigada por cuidar de mim.

- Tudo bem. - Ele fica me olhando , como sempre já estava acostumada com aqueles olhos azuis em cima de mim mas mesmo assim eu ficava envergonhada, eu nem entendia o que estava acontecendo entre eu e ele, foi tão rápido e o meu medo de estar sendo precipitada vem dentro de mim.

Porém eu nunca arrisquei nada, e agora estou na corda bamba ou vou ou vou, e eu quero ir.

- Lauraaaaaaaaaaa! - Uma voz alta mas suave aparece em meu quarto me despertando do transe que era Vítor me olhando. Um ser pequeno aparece subindo em minha cama e vindo em meu encontro me abraçar.

- Oi meu amor.

- Como estar se sentindo? - Diz me olhando com aqueles olhinhos brilhantes, e sua mãozinha vem até meu rosto.

- Com você aqui estou bem melhor meu amor.

- Você vai fica bem Lala, para a gente brincar muito.

E quando ela diz aquilo, daquele jeitinho meigo dela, sinto meu rosto molhado e meus olhos encherem de lágrimas. Apenas abraço aquela menininha linda, e me sinto leve por dentro.

Ficamos ali conversando sobre várias coisas, Maddie é uma menina muito inteligente, o que me faz pensar quando ela ficar mais velha, como ela será , queria muito estar nesse momento. Vítor trouxe mais outros comprimidos, eu engoli sem reclamar, e me senti de novo sonolenta, estava na hora do jantar então resolvi descer para ver minha família. Vítor foi para casa, ele disse que amanha de noite estaria aqui, já que meus pais tinham que continuar um trabalho fora.

Eu entendo, caso eu não esteja mais aqui eles tem que continuar a vida sem mim.

Minha irma me ajuda a descer as escadas, acho fofa essa preocupação dela, eu amo essa aproximação, sempre tivemos uma ótima convivência, eu amo minha irmã, amo minha família, e não quero ter que me despedi de nenhum deles.

- Laura, como estar se sentindo querida? - Minha mãe fala quando me ver entrando na sala de jantar.

- Estou bem mamãe.

- Filha certeza que não tem problema irmos viajar?

- Absoluta papai, eu irei ficar bem, qualquer piora serão os primeiros a saber, prometo.

- Não fale assim, não terá piora - Diz minha mãe se sentando em seu lugar, eu me sento em sua frente, Vitória em meu lado e meu pai na ponta, o jantar é servido, foi uma noite agradável como sempre é quando estamos todos juntos.

A Babá Da Minha FilhaOnde histórias criam vida. Descubra agora