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"Aos poucos grandes pessoas esqueceram-se do mais importante.
Entre versos tão estranhos, peço que lembrem-se."

Terno e gravata,
Todos iguais.

Terno e gravata,
Homens bossais.

Clones, robôs, eles cobravam perfeição.

Não deixe pra depois, faça a revolução.

Não sei o que faziam antes de serem sujos,
Sem a ajuda da alma se tornaram impuros.

Eles temem todos nós,
Se por um acaso virarmos uma só voz.

Eles temem o que fazem.
Hipócritas anônimos, o medo lhes invadem.

Integridade.

Ela lhe falta tanto? Vocês são covardes.

Passou-se muito tempo, clamaram por justiça.
Vocês ainda nos temem?
O medo habita.
Seus interiores são cobertos de glória.
Mas só por que já destruíram quem um dia fez história.

Armas químicas, guerras nada banais.
Vocês dão a desculpa que buscam a paz.

Homens adultos, pobres crianças.

Querem mesmo acabar com a esperança?

O verde foi embora, nos resta fumaça.
Poluição sonora, ratos, baratas.

Acabem com isso, voltem a ser humanos.
Ouçam o pedido de quem lhes diz chorando.

Respeito dissipou, virtudes já não existem.
Errado é clamar por paz, num mundo tão medíocre.

Pessoas se tornam mudas, escondem a própria voz.
Histórias mais que absurdas, de um povo ou todos nós.

Estupros, covardias.

Países de luto, em seus piores dias.

Humanos, me escutem...
Voltem aqui!
Me ensinem novamente como sorrir.

Vocês esqueceram o que é o amor?
Então recordem-se, esforço, por favor.

Esqueçam todas essas armas, injustiça, chamas, coração de lata.

Produzir sofrimento só produz tristeza.
Agora voltem e reconstruam sua antiga natureza.

Clones, robôs, aos poucos se transformaram.
Agora e depois, paguem já esse salário.

Amor, irmãos, aos poucos os deletaram.
Voltem, sem mentiras;
Não podemos descartá-los.

O que aconteceu, alguém pode me dizer?
Se ainda estão aqui, aproveitem pra viver.

O que aconteceu com todo aquele amor?
Farei o que puder, mas mudem, por favor.

Uma Dose De NostalgiaOnde histórias criam vida. Descubra agora