Pra Sempre Minha!

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O serviço de quarto não demora.

Trouxeram frutas e bebida, agora nós dois estamos sentados na cama comendo morangos, uva, bebendo champanhe, trocando olhares silenciosos, Maria parece mais situada, ela está toda enrolada no lençol de cama, tem vergonha de mim, não sei por que.

Toco sua face, me inclino e cheiro seu nariz, ela sorri, tão tímida, seus olhos estão em mim, depois de alguns instantes ela se aconchega e fica mais próxima, passo o braço envolta dela e beijo sua cabeça, quero que ela se sinta bem e confortável comigo, quero tratá-la como ela merece, tenho absoluta certeza de que eu não a mereço, mas eu a quero, bem mais do que devo, pro inferno também, quero ela e vou ficar com ela, mesmo que não saiba nada sobre sua vida, seu passado, e mesmo que o meu passado provavelmente a afaste um dia de mim, Maria será minha custe o que custar.

—quer que eu vá pro meu hotel?

Eu a olho bem mais que sério.

—por que iria?

—bem, sei lá, os homens não gostam de mulheres assim...

—estamos casados, é diferente, e mesmo que não estivéssemos ainda iria querer você bem aqui, onde está.

Do meu lado.

—acho que se eu contar essa história um dia pra minha mãe ela provavelmente vai me matar, depois ela vai jogar os meus restos mortais pros tubarões.

—ela é muito rígida?

—digamos que eu e ela temos um caso de amor e ódio.

—você não me disse a sua idade.

—nem você a sua, não é um barato?

Acabo rindo, ela faz uma cara de cínica incrível, beijo sua face, Maria enfia um pedaço de morango na boca e ver ela mastigando é algo que atrai bastante atenção, a boca dela é mais carnuda e ela faz um biquinho enquanto mastiga e sorri, lambe as pontas dos dedos assim tão naturalmente, ela não é uma mulher cheia de frescuras, nem dessas nas quais eu estou acostumado, ou estava.

Agora, segundo a minha terapeuta, sou um "novo homem"—ta bom!—e não preciso desse tipo de serviço da Agência, então, teria que hipoteticamente me manter bem longe do sexo oposto pra ser feliz.

Precisava me conformar mas... mas não deu, e tenho absoluta certeza que com essa mulher por perto eu não vou conseguir me manter firme ou longe de uma boa trepada, ou algo assim.

—acho que já superamos essa coisa de saber mais um do outro, não hoje—determina e se ergue pegando a bandeja—acho que preciso de mais sexo selvagem.

—você é sempre tão direta?

—não quer?

Ela está de costas pra mim, saindo da cama, como ela me faz uma pergunta dessas? Fecho os olhos e respiro fundo pois enquanto se afasta o lençol vai caído de seu corpo, Puta que pariu com esse rabo!

—você pode me falar como faz com as suas namoradas!

—não tenho namoradas.

—ah não?

—não.

—ta bem então!

Ela vai caminhando pra sacada assim naturalmente, vou seguindo ela, depois de alguns instantes eu a vejo entrar na piscina e afundar, tiro a cueca e entro também, não me importo com mais nada.

Atraído (Livro I) - DEGUSTAÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora