Fazendo Amor?

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Paguei o táxi, logo em seguida nós entramos na recepção, mal acredito que não estou tão nervoso quanto deveria, Maria está me abraçando, ela não me larga e eu gosto disso, a recepcionista fica me olhando de um jeito estranho, sempre que me hospedo Joanne ou Bea cuidam de tudo, hoje eu mesmo tive que cuidar da reserva, eu não pretendia me hospedar na cidade, só vim mesmo por que Alejandro pediu que fosse aqui, estava de partida, sempre tenho reserva antecipada no Hilton. Peço a mesma suíte de sempre, entrego o cartão e a moça passa, olho pra Maria, ela parece meio sem jeito, disse que sentia frio então coloquei meu terno nela, nós dois basicamente bebemos tudo a caminho daqui.

—o que é?—pergunto incerto.

—é que eu vi um mendigo la de fora, você não viu?

Não, eu não prestei atenção.

—será que poderíamos dar comida pra ele?

—bem... eu não sei querida.

—acho que tenho dinheiro no bolso, eu vou levar pra ele e já volto.

Ela me solta e se afasta, espero pela chave começando a me irritar com a demora, olho pra recepcionista e ela está parada feito uma estátua me olhando com o cartão na mão.

—o que foi? não passou?—questiono e pego a carteira—tenho dinheiro.

—passou—ela sacode a cabeça, é uma loira de olhos verdes chamativos, peituda—a reserva está feita.

—obrigado—falo e pego o cartão e o cartão do quarto, sorrio e enfio no bolso.

—o senhor tem certeza de que aquela moça está com o senhor?

—claro, ela é a minha esposa.

Me viro e procuro Maria, daqui, vejo por entre a porta giratória, ela abaixada conversando com um mendigo, olho pra recepcionista.

—talvez ela esteja se aproveitando do seu estado senhor Carsson.

—ela não faria isso.

—por que não?

—porque ela está bêbada, e eu estou apenas fingindo—mas não tenho certeza disso.

A moça começa a rir, logo vejo Maria se erguer e vir acenando novamente pra dentro do hotel, ela sorri de ponta a ponta, logo que se aproxima nos abraçamos.

—eu dei dezessete dólares pra ele.

—é um bom dinheiro.

—e a goma de mascar que você não quis.

—dava pra matar alguém com aquela coisa e um clips.

Rimos, ela me beija na face e passo o braço envolta de sua cintura novamente, eu a conduzo pro elevador, e ficamos abraçados enquanto sobe pro andar do meu quarto, é muito bom tê-la perto de mim, estranhamente isso me passa segurança.

Maria faz com que eu me sinta Seguro.

Coisa que sinto muito dificilmente, sou complicado, e prefiro que ela não saiba disso, quero viver apenas o momento, e esse é o momento, eu nunca fui de fazer essas coisas, uma vez na vida não pode ser algo tão ruim.

Chegamos!

Saímos do elevador abraçados, e logo achamos o meu quarto, passo o cartão então entramos na suíte, Maria se solta e vai olhando tudo envolta tão fascinada que isso me cativa, seus olhos brilham e ela sorri, como uma criança que acabou de ganhar uma boneca muito cara ou coisa assim.

Atraído (Livro I) - DEGUSTAÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora