Nível 2 Da Atração

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Não consegui dormir então fiz o que sempre faço em dias assim... trabalho.

Fiquei o máximo de tempo que podia na empresa, a filial é pequena e começo com apenas duzentos funcionários aqui mas já é o suficiente, ao menos pra atender os meus clientes desse lado do mundo.

A todo momento Maria não saiu e nem sai dos meus pensamentos, já é manhã aqui, eu já verifiquei o celular umas quarenta e sete vezes pra ver se ela me responde mas nada, ela simplesmente está me ignorando, mas isso está bem perto de acabar.

Acredito que não consiga mais ficar aqui sabendo que ela está em Las Vegas ou em qualquer lugar do mundo longe de mim, isso me afeta de tal forma que mal consigo explicar, já nasci ansioso então não é algo do qual eu controle.

Já me comuniquei com Olaf, localizei o iphone de Maria no Hilton, isso explica muito o fato dela não ter me enviado mensagens a algumas horas, ela é definitivamente a mulher mais teimosa que eu já conheci em toda a minha vida.

Gosto disso, e ao mesmo tempo odeio isso.

Olaf me manda a mensagem confirmando o contato, respiro fundo, acho que chegou o momento de mostrar pra ela que eu não estou disposto a perdê-la, que eu não vou desistir.

Logo que ele atende depois de alguns momentos escuto alguns protestos dela.

"diga que não vou".

Ou algo assim, Olaf entra na linha e fala:

—resistência chefe.

—mande a resistência dela ir a merda, quero falar com ela agora.

Não entendo bem o que Olaf fala e só me resta esperar, já estou estressado só com o fato de não ter dormido ontem, agora de novo—e novamente—a minha brilhante, memorável e sagaz esposa não quer conversar comigo.

Escuto o som arfante de sua respiração, me apresso.

—querida!

Ela não responde, obviamente que se assustou com o meu grito.

—bebê, vamos vai ser divertido—adoro manter o cinismo nas minhas conversas com Maria, mesmo que isso seja um pouco desagradável, não é como eu deveria ser mas ela está pedindo isso.

—me deixe em paz—ordena irritada.

—não vai doer nem machucar, prometo, Olaf irá levá-la, você passou o dia bem meu bebê?—questiono ignorando a ordem.

—vai pro inferno!—manda.

—querida facilite as coisas, não dificulte, reservei uma mesa no meu restaurante predileto, estou te esperando, e se não for eu mesmo irei buscá-la.

Desligo a ligação em seguida.

Sempre sou muito direto em tudo o que quero, no que faço, odeio mentira mas ela está resistindo muito.

Conto os minutos enquanto procuro nos armários as coisas pra preparar um café, Joanne costuma cuidar disso quando vem comigo mas nessa missão eu vim sozinho, infelizmente a desvantagem de não ter vários empregados a minha disposição é essa, mas não acho ruim, sempre fui só e sei me virar muito bem em qualquer tipo de situação.

Faço um café, pego cereal, leite, nada do qual estou acostumado pela manhã mas não quero incomodar ninguém as cinco da manhã, acho que nem a moça do café chegou ainda, a minha sala não é tão grande mas tem tudo o que eu preciso.

Atraído (Livro I) - DEGUSTAÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora