Capítulo 25

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Ellen narrando:

Em minha casa.
Eu estava no japonês com meus pais e quando chegamos vimos que a nossa moita estava amassada e tinha uma marca de pneu de bicicleta do lado dela.
Achamos estranho, mas não ligamos muito, até eu ver que um galho da árvore do vizinho estava quebrado e jogado em nosso telhado.
Meu pais não viram, então eu subi em cima daquela árvore e pulei no nosso telhado. Vi que tinha um pedacinho bem pequeno de um tipo de corda preta, mas não muito resistente amarrada no galho de árvore.
Do lado do galho estava o lugar aonde deixamos aberto para passar um pouco de luz do sol dentro de casa e colocamos vidro nele para que quando chovesse não molhasse lá dentro.
Só que ele não estava mais com o vidro, estava completamente aberto.
Desci deixando o galho no mesmo lugar que eu o encontrei e sem falar nada aos meus pais do que eu tinha acabo de ver.
Entramos dentro de casa e desligamos o alarme.
Andei exatamente 5 passos para frente em direção a cozinha e vi que tinha pingos de sangue no chão e me lembrei que em cima dele estava o buraco que fizemos.
-Isso está muito estranho-Eu falo baixo, mas meus pais acabam ouvindo e vem ver o que eu estou olhando no chão.
-Pq tem sangue aqui ??-Meu pai pergunta agachando-se.
-Parece sangue de nariz-Minha mãe diz também agachando. Ela sabe disso por ser enfermeira.
-Que estranho-Meu pai diz-Será que.....
Antes dele terminar o que ia falar ele sai correndo para o nosso porão secreto e eu vou atrás.
Fico o observando atrás da portinha e vejo que ele abriu uma parte da escada que ERA secreta e gritou um palavrão quando viu algo lá dentro. Ele saiu de lá furioso.
-O que aconteceu???-Minha mãe pergunta para ele.
-Fomos roubados-Ele fala.
-Ellen, vai lá em cima e verifica todos os quartos e banheiros-Ela fala e eu obedeço.
Subo e verifico todos os cômodos deixando meu quarto por último, quando entro nele sinto um cheiro diferente....um cheiro de perfume.
Vou direto até meus perfumes que ficam na minha penteadeira perto da sacada e vejo que um está quebrado e acabou caindo dele derramando todo o líquido no meu tapete branco.
Vejo também que a janela da minha sacada está aberta, mas que quando eu sai não estava.
Vejo que no pé da minha penteadeira tem um pedacinho da mesma corda que vi no galho de árvore e minha penteadeira um pouco torta.
Eu desço correndo e aviso meus pais.
-Não tinha nada de diferente em nenhum cômodo-Eu falo e eles respirar aliviados-Menos no meu quarto.
-O que tinha no seu quarto ??-Meu pai pergunta.
-Quando eu entrei senti um cheiro muito forte de perfume, então fui até meus perfumes e vi que um estava quebrado e estava derramando no meu tapete branco, e também vi....-Minha mãe me corta.
-Eu não acredito, eu paguei uma nota naquele tapete Ellen-Ela fala brava.
-E eu tenho culpa ?-Eu pergunto pra ela.
-CONTINUA ELLEN-Meu pai grita bravo.
-Na minha sacada a janela estava aberta e eu nunca deixo aquela janela aberta quando saímos e nem o vento conseguiria a abrir-Eu falo e meus pais me olham preocupados.
-Tem mais alguma coisa ??-Meu pai perguntou e eu pensei se eu contava ou não sobre a corda, se eu contasse teria que contar também sobre o galho no telhado também.
-Sim, tem um pedaço de uma corda preta amarrada na madeira do pé da minha penteadeira e também tem no galho da árvore-Eu falo.
-Galho da árvore??-Meus pais perguntam juntos.
-Ali olha-Eu falo apontando para o buraco que estava aberto e aparecendo na pontinha do galho da árvore.
-Eu vou ligar para a polícia-Meu pai diz pegando o telefone.
Eu não sabia o que fazer, estava em choque, nunca tinha acontecido comigo antes essa coisa de entrarem na minha casa e nunca tive medo também por causa que meu pai trabalha com eletrônicos, então tem vários equipamentos espalhados por aqui , inclusive alarmes e câmeras.
-CÂMERAS, é isso-grito.
Vou correndo para o meu computador que tem como ver as imagens da câmera.
Eu procuro o dia de hoje e acabo achando quem entrou na minha casa. Pelas câmeras parece que é uma menina pelo seu corpo e parece da minha idade, só que não dá pra ver seu rosto, está coberto com uma máscara preta.
-PAIIII, MÃEEE, VEM VEREM ISSO-Eu grito e os dois vem correndo.
-O que houve ??-Minha mãe pergunta.
-Olha as imagens das nossas câmeras de segurança enquanto estávamos fora-Eu falo mostrando a eles as imagens.
Vimos o vídeo inteiro e começamos a juntar cada pedacinho do que a gente viu e deduzindo o que aconteceu.
-Deixa eu ver se eu entendi-Eu digo-Essa pessoa caiu, pois a corda foi arrebentada por causa que ela amarrou no galho de uma árvore-eu falo.
-Pelo jeito que ela caiu deve ter quebrado o nariz-Minha mãe fala.
-Pena que não temos uma câmera instalada la no porão-Meu pai fala.
-Então como a corda tinha estourado ela usou a tática de escapar mais antiga que existe, que foi amarrar uma das pontas da corda em algo, que no caso foi no pé da minha penteadeira e acabou escapou pulando da minha sacada, só que ela não pensou que a janela iria ficar aberta e eu perceberia, então ela puxou a corda para ela e acabou mexendo a penteadeira o que acabou fazendo meu perfume cair e acabar quebrando.
-Foi isso mesmo que aconteceu, quando a polícia chegar conta tudo isso a eles Ellen, tudo mesmo-Meu pai fala e ouvimos alguém bater na porta.
A gente desceu e abrimos a porta vendo que eram os policiais, eles revistaram toda a casa e colocaram fitas amarelas alertando que vai investigar o local.
Um dos policiais me fez várias perguntas e eu respondi apenas as que eu sabia. Eles levaram meu computador para ver com calma os vídeos que as câmeras gravaram.
Nos avisaram que quando descobrirem quem é ou quando tiverem suspeitos iriam nos ligar.
A gente arrumou nossas malas e dormimos na minha avó.
Foi a pior noite da minha vida, eu acordava na madrugada por causa dos meus pesadelos de alguém entrando também na casa da minha avó e me sequestrando.
Eu espero que descubram logo quem foi o ladrão que nos roubou.

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