Harry pensou durante horas antes de tomar sua decisão, deixando de lado seu posto de psicopata consagrado para um menor, de psicopata amador.
E o pior? Sem tirar porra nenhuma.
Até quando ficaria com Lindsay presa em seu porão? Ele adorava a sensação de ser temido, do terror das suas vítimas estampado nos olhos, do momento em que o sangue fazia contato com sua pele exposta enquanto ouvia-se gritos de horror ecoando pelo lugar, mas Lindsay? Lindsay era morna por dentro e por fora, deixando muito a desejar e fazendo Harry ter mais certeza ainda de que ela não era a protagonista do seu filme de suspense, infelizmente.
Ele não a queria mais lá se fosse daquela maneira. Harry tinha a consciência de que conseguiria qualquer coisa de suas vítimas, bastava torturá-las, ameaçá-las ou sequer entrar no cômodo onde elas estariam escondidas, mas a garota era de longe a capturada mais nojenta que ele teve o prazer de cruzar, e tudo o que ele queria era acabar de uma vez por todas com aquilo, que não estava desgastando apenas ela, mas ao homem também.
Por isso decidiu deixá-la ir, estava cansativo. Que seus pais a cuidassem, pois ele não queria mais essa responsabilidade.xx
- Louis! - Podia-se ouvir os berros da mulher através das paredes de todas as casas do quarteirão. Ela não sabia, mas esse hábito apenas o irritava cada vez mais com o passar do tempo. - Lou, venha aqui agora, por favor.
- O que foi dessa vez? - O garoto perguntou sem emoção.
- Ligaram de Boston.
- E daí? - Estava tão impaciente que nem ao menos notou a alegria na voz da mãe.
- Lindsay está bem!xx
- Lembra do passeio que eu te disse? - Harry, vestido a caráter dessa vez, trazia um prato de macarrão em uma mão e na outra, um copo com suco. - Vamos sair daqui a uma hora.
- Eu achei que você estava brincando. - Lindsay não queria transparecer mas estava dando pulos por dentro. Seria aquele o dia em que ela sairia dali? Ou o passeio era outro?
- Não costumo mentir, querida. - Colocou os recipientes no chão, para que ficassem onde a garota conseguisse alcançar sem maiores esforços. - Apenas articulo as palavras como quero, as pessoas são ignorantes de acreditar no que um bom moço diz.
- Do que você está falando?
- Pensei alto.xx
A família mal conseguia se conter de tanta felicidade. A menina de seus olhos estava bem, sã e salva, e o mais importante, viva. Não pensaram em comemorar ou avisar os parentes mais próximos, apenas queriam a trazer de volta para casa, para que depois ela contasse tudo o que passou e tentar fazer com que o sequestrador fosse devidamente punido.
Combinaram com o tal homem de se encontrar pela manhã, já que este, quando ligou, já passava da meia noite. Louis mal conseguira pregar o olho durante a noite toda ou comer alguma coisa no café da manhã.
- Onde, exatamente, essa pessoa mora? - Louis indagou aflito, largando uma bolsa com roupas limpas de Lindsay no banco de trás e entrando no carro o mais rápido que seu corpo o permitia. Sua mãe entregou-lhe um papel com o endereço do tal homem que estava com Lindsay, molhado das lágrimas da mulher. - Você acha que ela está bem? - Perguntou, devolvendo-lhe o papel.
- Eu sei que está. Eu sinto.
O garoto ficou em silêncio, apenas contemplando toda a fé da mãe, que dava partida rumo à sua filha.
- Você deveria ter comido alguma coisa, Lou... - Continuou. - Sabe, nem todo mundo nos aguarda com um café da manhã na mesa, e temos uma longa viagem pela frente.
- Eu sei, me desculpe. - Respondeu. - É que estou tão ansioso, sabe? Eu nunca estive longe dela durante tanto tempo, tenho certeza que não.
- Também não consegui pensar em outra coisa desde que Trevor nos ligou e sei que as coisas não vão ser as mesmas depois do desaparecimento de Lindsay, muito menos quando ela voltar pra casa. Sei também que ela não tornará a ser a mesma pessoa de sempre, mas quero lhe pedir, por favor, para tentar ser o mesmo companheiro que ela tinha antes disso acontecer.
Os olhos da mais velha estavam completamente focados na estrada mas Louis conseguia, com extrema facilidade, perceber que o olhar dela havia se tornado triste e sombrio.
- Eu não mudaria em nada, mamãe. - Louis afirmou, pondo ambos as pernas em cima do banco do passageiro, logo as abraçando. - Ela sabe disso, ela sabe que eu nunca a deixaria, ainda mais num momento como esse.
- É por isso que quando ela reclamava de você, eu a mandava agradecer pelo irmão que tem. - Ela sorriu agradavelmente. - E tire seus pés do meu banco, senão é você quem vai lavar o carro nas próximas dez vezes....
gente, desculpa mesmo pela semana de atraso da att e pelo cap pequeno. aconteceram coisas comigo e com pessoas que andam comigo que não foram legais então eu fiquei a maior parte do tempo tentando consertar essas tais coisas e nem deu pra elaborar um super capítulo pra vocês, mas amanhã vou postar os dois que faltam e prometo que vão ser bem melhores que esse. deixem comentários nessa bostinha e obrigada pelos votos!!!!!
xxtroyet91
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Killer At Night - au l.s
Misterio / SuspensoUm novo assassino aprisiona a cidade de Boston ao caos e a um medo incontrolável da população. Ninguém sabe de sua identidade a não ser o mesmo, que mata brutalmente com uma vestimenta de Coringa. O homem não tem preferências com suas vítimas, qualq...