Capítulo três - Adrenalina ou amor?

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Fui para meu quarto me arrumar. Escolhi usar um vestido branco colado de manga 3/4 e um colete de pelos preto . Peguei uma bota preta de salto alto finíssimo da Dior, coloquei um colar estilo egípcio na cor prata com preto. Fiz uma make para noite, meu cabelo como era liso só passei a prancha amassando um pouco para dar volume. Desci para a sala, meu pai estava lá com seu estilo de sempre. Ele ficou com um sorriso enorme ao me ver.

- Você esta linda Sophie - ele disse quando me aproximei dele.

- Você tem que ver a sua mulher - Disse sorrindo e ele ficou confuso.

Ficamos conversando um tempo e logo depois, Eva apareceu no topo da escada. Ela estava linda e com um sorriso enorme. Me senti bem em proporcionar a ela essa alegria. Meu pai ficou encantando e seus olhos brilhavam enquanto ela descia. Ele foi ate ela com a maior cara de bobo que já tinha visto, isso me fez rir.

- Meu Deus Eva, você está linda! - ela ficou sem graça e ele deu um beijo em seu rosto.

- Agradeça a Sophie, ela me deu uma mega ajuda - ela disse ainda sorrindo me olhando.

- Não fiz quase nada, você já era linda Eva. - sorri - agora vamos que eu quero algum lugar com sinal de celular nesse pais.

Eles riram e fomos em direção ao carro. Agradeci no momento que Eva me deu uma pulseirinha. Areá Vip. Isso eu conhecia e muito bem. Paramos em um lugar que aparentava ser atras do evento. Meu pai logo desceu e abriu a porta para mim e para Eva. Me apoiei nele para desce e me equilibrar mas sem sucesso, chão de terra de novo. Olhei ao redor e percebi que tinha cavalos passando de um lado para o outro e cowboys para todo lado. Logo vi Matheus se aproximando, tentei me endireitar enquanto segurava no braço do meu pai. Mas meus dior não estavam correspondendo.

- Porque não asfaltam essa bosta de chão - sussurrei olhando meus pés .

- Perderia toda a graça do evento - uma voz rouca disse, me fazendo levantar a cabeça - Boa noite Sophie.

Fiquei vermelha na hora que vi que era Matheus e não respondi de novo. Por sorte Eva foi me puxando em direção a uma entrada enquanto meu pai ficou la com ele. Nunca tinha me sentido assim, geralmente falo até mais do que o devido, mas sempre que ele fala comigo eu travo, sem contar que não sei se era meus saltos que não ajudavam ou minhas pernas que esqueceram como andavam. Por sorte chegamos a uma escada que ia em direção aos camarotes. Meu pai tinha um dos maiores logo acima da arena. Ali estava fácil manter a postura já que não havia chão de terra para afundar meus saltos. Eva me apresentou algumas pessoas e tinha uma menina que aparentava ter minha idade, ela estava usando uma calça jeans, um cinto com uma fivela e uma camiseta rosa com branca. E um chapéu. Ela me encarou dos pês a cabeça e fez uma cara de nojo, retribui a mesma cara. Quem essa caipira pensa que é pra fazer cara de nojo pra uma bota ultimo lançamento da Dior e um vestido Prada ? Menina louca. Por sorte meu pai apareceu avisando que ia começar a montaria. Estava ate animada já que nunca tinha visto isso fora da TV antes. Meu celular finalmente deu sinal, havia milhões de mensagens da minha mãe. Mas ignorei todas. Entrei no grupo das minhas amigas e tirei uma foto da arena mostrando aonde eu estava. Elas lamentaram por mim e disse que iriam rezar para eu aguentar e voltar inteira. Depois comecei a ler as demais mensagens, nenhuma me chamou atenção, até eu ouvir começar uma narração que prendeu totalmente meu olhos na arena.

- Agora montando o melhor touro da noite, ele que é da terra aonde se nasce um campeão a cada ano. Diretamente do Brasil, tendo como padrinho ninguém menos que a lenda Adriano Godoy. Chamo agora ele, Matheus Souza, conhecido como Matheusinho, que esta na briga pelo titulo mundial esse ano.

Meus olhos ficaram vidrados na arena. Uma adrenalina e um medo invadiram meu corpo. Não sei o que estava acontecendo comigo. Mas logo que abriram um portão, meu coração em um susto parou na boca. Um boi enorme e ele encima. O boi pulava como um louco e ele se contorcia tentando ficar em cima. Era algo surreal, não dava pra acreditar em sua concentração para parar ali. Logo uma sirene tocou. 8 segundos mostrava no painel e ele pulou de cima do boi. Meu pai comemorava como todos envolta dele. Eu estava em choque. Uma sensação de alegria encheu todo meu corpo e eu não parava de sorrir. Ver ele ali, não se parecia o menino que conheci mais cedo. Ele tava parecendo um homem. E isso me despertou um interesse em saber mais sobre isso. Seus olhos encontraram os meus que ainda estavam fixos na arena, acredito que ainda estava com um sorriso enorme em meu rosto pois ele retribuiu o sorriso e logo entrou de volta no mesmo portão que havia saído. Mas uma voz irritante me tirou dos meus pensamentos na hora.

- Viram como meu amor me olhou, aposto que dedicou essa montaria a mim nos seus pensamentos. - a caipira que tinha me olhado feio estava sorrindo enquanto falava com outra mulher e Eva quase nem a dava atenção a ela, apenas sorria para mesma.

Meu amor.

Isso ficou na minha cabeça o resto da noite. Pois acredito que seus olhos estavam olhando nos meus, eu não posso ta ficando louca achando que era pra mim e na verdade era para a sem sal ali. Eva tinha dito que seu nome era Kayla e seu pai era um dos patrocinadores do Matheus. Ela não tirava sua cara de nojo quando olhava para mim, isso já estava me irritando então pedi a chave do carro do meu pai para ir descansar dando a desculpa que não estava acostumada a beber nada forte, um pouco de Whisky puro que tomei já tinha me deixado com uma dor de cabeça horrível. Peguei a chave com meu pai e fui em direção ao carro, parecendo estar pisando em ovos com meus saltos na terra. Até que perto do carro, quase cai de novo, mas alguém coloca o braço em volta da minha cintura e me segura impedindo que eu caia sentada na terra.

8 segundos para o amorOnde histórias criam vida. Descubra agora