Um Conto Da Terra Média

74 1 0
                                    

Fragmentos de granada voam pelo ar, como uma chuva de flechas, que atinge o telhado daquela torre em cima da árvore. Aquele vigia que a guardava, agora está em pedaços derrubado pela nossa vontade de lutar.

Nossa batalha continua, e mais firmes do que nunca, empunhamos agora espadas em forma de aço fundido, com canos que reluzem o brilho do sol em nossos algozes, trazendo-lhes todo o pavor ao seus olhos. Nossa pequena milícia parte nessa jornada, por esse campo cercado de vegetação que outrora pertencia ao vasto exército inimigo.

o solo tremia perante ao incontável número de seus guerreiros, armados com suas lanças de ferro e armadura camuflada. Vinham de todas as direções, e cobriam grande parte dos campos pastosos, sejam pelo Norte ou pelo Sul.

Suas trombetas de guerra eram ouvidas dos cantos mais distantes e inóspitos daqui, eram como uivos de vento em uma noite tempestuosa.

Agora outro hino de batalha foi entoado, e no meio do combate o inimigo sente o calor dos projéteis perfurantes de nossas armas, como espadas afiadas, estocando sua carne.

Corpos espalhados iam se juntando como um único monte de restos, na qual passávamos por cima enquanto lutávamos. a cada homem que caía, a fúria do nosso exército aumentava e aquele sangue que manchava a terra, dava a nós força para continuar.

Então chegamos ao destino no topo da grande montanha. um forte feito de concreto maciço, rodeado por armadilhas de arame farpados e catapultas em forma de morteiros. nossa missão consistia em tomá-lo, e assim, conseguir suprimentos para um outro dia.

As catapultas ferviam. Bombas caíam, e junto delas, nossos amigos também. A cada irmão que caía sobre a lança do inimigo, sentíamos o manto da morte nos cobrir, como nossas mães faziam quando íamos dormir embalados por sons de cânticos antigos.

Perder um irmão na batalha é como sentir a carne sendo rasgada por um machado. Ainda sentiremos suas almas mesmo depois da batalha. Já dentro do forte, nos deparamos com o comandante inimigo.

como um rei, mandava guerreiros cada vez mais fortes para acabar conosco, mas eles caíram como vermes diante de nossas espadas e lanças. Não demorou até segurarmos a cabeça do comandante rei em nossa mão, e terminarmos vitoriosos novamente.

Apesar dos inimigos derrotados, e o forte gigante sendo conquistado, não entoaremos canções de vitória, pois sabemos que os dragões continuam a nos espreitar...

O Pesadelo Da GuerraOnde histórias criam vida. Descubra agora