23- Cortes...

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Eu entrei para dentro de casa, e vi sua partida por a janela do hall de entrada. Minha mãe desceu as escadas com um roupão branco e com o semblante de uma pessoa que acabara de acordar.

-Como foi? -Ela perguntou coçando os olhos.

Eu me virei e disse. -Foi muito bom.

-De quem é este blazer azul? Você não foi com um, e o Arthur estava todo de preto...?! -Ela disse franzindo a testa de curiosidade.

-Mãe chega, não quero saber do Arthur, vou ir dormir tchau. -Eu falei subindo as escadas.

-Amanhã vamos conversar. -Ela disse subindo atrás.

Eu entrei no meu quarto, e fechei a porta, tirei meu vestido salmão e o blazer do Bruno, coloquei uma calça bem confortável, e uma blusa de manga longa bem quentinha. Eu fui e coloquei o blazer do Bruno em um cabide no guarda-roupa.
Arrumei minha cama, estava frio aquela noite.

Eu me deitei, mas não resisti e logo levantei, abri o guarda-roupa e peguei blazer do Bruno, comecei a cheirar, ele tinha um perfume tão gostoso! Ele era tão cheiroso...

Mas eu fui e coloquei ele denovo no cabide, apaguei a luz e fui deitar.

12:02 am - Sábado.

Eu acordei e já era meio dia. Eu havia desmaiado de tanto sono na noite passada. Eu levantei, fui até a porta do meu quarto e a abri, desci as escadas toda descabelada, e com um semblante exausto.

Fui até a cozinha e havia um bilhete em cima do balcão.

"Querida filha, fui ao hospital com seu irmão pois ele teve uma parada respiratória, se cuida" -Amélia T.

Eu fiquei preocupada, subi no meu quarto e peguei meu iPhone 6s Plus rose. Eu desci as escadas com o celular na mão. Fui para a cozinha e liguei o celular, havia muitas mensagens no whatsapp...

Havia mensagem do meu grupo "Amigas 🌸" em que estava, eu, Amy, Dany e Lili.
Havia mensagem do Arthur.
E havia mensagem de um número descinhecido. Eu logo abri a mensagem do número desconhecido.

"Oi, sou eu, Bruno, não me pergunte como consegui seu número, eu não direi kkkk, tudo bem docinho?"

Como Bruno conseguiu meu número se eu não havia passado? Mas eu respondi.

"Oii, tudo sim e você? Ah, seu blazer está aqui em casa, você esqueceu comigo."

Eu vi a mensagem de Arthur...

"Pelo visto você não brincou mesmo, você não está nem ai para mim, e eu também vou seguir minha vida, você disse tanto que eu machuquei seus sentimentos, mas agora você está brincando com os meus, e eu não vou tolerar isso, vai ficar com o seu japinha, talvez ele te dê o amor que eu não dei!"

Eu fiquei abismada, Arthur ainda me amava de verdade, mas eu não sabia se sentia o mesmo por ele. Eu fiz um sanduíche de atum e comi, o ano estava acabando e a formatura ia se aproximando... Eu não estava preparada.

Eu fui para o banheiro, tomei um banho quente, quando acabei fui para meu quarto e me troquei, eu estava assim:

Eu peguei meu celular e dinheiro, eu sai de casa, e comecei a chorar pelo meio da rua, eu fui em um bar ali perto, e pedi muita vodka, a mais forte que eles tinham

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Eu peguei meu celular e dinheiro, eu sai de casa, e comecei a chorar pelo meio da rua, eu fui em um bar ali perto, e pedi muita vodka, a mais forte que eles tinham. Eu bebia e chorava, eu não sabia de quem gostava e do que estava fazendo, depois de meia hora eu fui para casa.

Entrei, fui no banheiro e arranquei a lâmina da gillette, sentei no chão e comecei a me auto mutilar, eu cerrava meus punhos e chorava, cada vez mais eu sentia ódio pela vida, não queria viver mais, e cada vez mais que eu sentia ódio, mais fundo era os meus cortes!

Até que minha mãe chegou! Eu tranquei a porta do banheiro, eu estava toda ensanguentada, o piso branco de mármore do chão do banheiro, estava banhado de sangue, eu logo corri para dentro do box, tirei a roupa e comecei a tomar banho, chorando...

I'm Fine... (Eu estou bem...)


Continua...

A Vida (QUASE) Perfeita [Concluído]Onde histórias criam vida. Descubra agora