capítulo 14

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Um mês depois...

Tantas coisas tinham se passado durante todo esse tempo....
Ainda não conseguia acreditar que ela iria acordar amanhã...

Iria acordar...

Depois de todo esse tempo....ela finalmente iria abrir os olhos...

•°•°•°•°•°

Eu e o Carlos estávamos saindo do hospital,era domingo,tínhamos ido visitar a Juniin.

Saímos do hospital e fomos andando normalmente pelas calçadas de São Carlos.

A rua não estava com movimento,até porque já estava ficando um pouco tarde. Continuamos andando pelas calçadas,mas teríamos que atravessar a rua.

Quando estávamos a atravessar,um carro desenfreado,com um motorista fora de controle embarca em nossa direção...

Algumas pessoas dizem que um acidente de carro,para ser mais exato um atropelamento,ocorre muito rápido,num piscar de olhos....

Mas para mim se decorreu em câmera lenta....

O Carlos estava à minha frente,então consequentemente o carro iria bater nele primeiro.

Mas eu não iria deixar...

Empurrei o Carlos pra calçada enquanto o carro não estava tão perto,mas eu não tive tanta sorte.

O carro me espalmou para o outro lado da rua ,e continuou a dirigir como se nada tivesse acontecido.

Me deixando lá no chão,com dores.

Só consegui ver a silhueta do Carlos vir em minha direção,depois tudo ficou escuro e eu me deixei levar pela sensação de vazio em minhas veias.

Acordei.

Com toda a certeza,eu estava no hospital,estava deitado em uma cama,com o braço engessado,o pé com uma tala e alguns arranhões no rosto.

O Carlos estava sentado no chão,ao pé da minha cama,cochilando. A Nádia estava na cadeira à frente da cama onde eu estava,ela estava de olhos fechados.

Pensei que estivesse dormindo,mas quando me mexi na cama,ela abriu os olhos.

-Pedro...-diz Nádia,com os olhos já cheios de água.-Meu Deus...Pedro...-corre pra me abraçar.

-Ai..-exclamo eu ,quando ela abraça muito forte,machucando um pouco.

-Oh ! Desculpe...-diz enquanto me olha.

Uma lágrima solitária cai pela curva da sua bochecha.

Seguro seu rosto em minhas mãos,limpando as lágrimas que agora desciam livremente.

E então a puxo pra mais um abraço,ignorando qualquer dor.

Enquanto as fungadas da Nádia se estabilizam,o Carlos acorda.

Esse é que chora mesmo.

No final de tudo,acabou em nós três,deitados naquela cama minúscula de hospital.

Depois de um tempo,o Carlos ligou para minha tia,contou sobre o que havia acontecido e pediu pra que ela viesse nos buscar.

Eu fiquei bem. Não me machuquei tanto.

Mas o que me machucou foi saber que eu não poderia presenciar ela abrindo os olhos.

Teria que ficar em casa,de repouso.

Nádia me perguntou se eu não queria que ela fosse pra minha casa,pra ela ficar de olho em mim.

Eu não quis.

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⏰ Última atualização: Sep 10, 2016 ⏰

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