capítulo 5

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Acordei com gritos.Os gritos da minha tia,sendo delicada como sempre dizendo que se eu não me levantar agora,vou chegar atrasado no trabalho.

Nesse exato momento eu poderia ser considerado o próximo Flash porque eu me levantei em uma velocidade incrível.
Fiz minhas higienes,coloquei o uniforme e desci.

Não me importei em comer, como geralmente eu não faço.Se a terra fosse atacada por um apocalipse zumbi,sinceramente eu me preocuparia só com a possibilidade de que os zumbis resolvessem mudar um pouco o cardápio e comessem a única comida que me restava.

Eu desci as escadas,e fui direto para garagem atrás de minha bicicleta.

Me despedi da minha tia e do mala do meu primo e parti em direção ao hospital.

Cheguei ao hospital.Atrasado 5 minutos.

-Ruivinho,ruivinho!-suspirou Nádia,que como no dia anterior,estava a me esperar na entrada. -5 minutos!

-Perdoe-me.

-Vem,e vê se não chega mais atrasado.

-Está bem.-resmungo.-Mamãe.

-Oh! Não,com certeza eu seria muito nova para ser sua mãe biológica,então...quer tentar uma adoção?-. Perguntou,virando-se para mim com um sorriso torto.

-Além de mandona,cheia de gracinhas e também tem ouvido biônico,só o que me faltava!-sussurro.

-Oh,não fale assim meu bebê!-apertou as minhas bochechas.

Eu segui com Nádia até o lugar onde eu ia limpar hoje.Fiz o meu trabalho como no dia anterior,fiz a pausa pra o café,e continuei até que liberasse para aqueles que só trabalham meio período.

Quando deu a hora de ir embora,como agora de costume,fui visitar a garota do acidente.

Eu tinha escolhido uns livros para ler para ela nos poucos minutos que eu tinha.

.A menina feita de espinhos.
.Como eu era antes de você.
.Desastre.
.Nárnia.
.Rei Arthur.

Optei por ler o "Rei Arthur".

Já tinha lido 8 páginas,o livro era pequeno ao meu ver,então acabariamos logo.

Quando ia passar para a nona página Nádia bate a porta,como sinal que eu já deveria ter ido embora.
Pedi para ela esperar um pouco,queria me despedir.
Coloquei os livros na cabeceira da cama,dei um beijo em sua bochecha e falei:

-Até mais tarde,pequena.-com mais uma olhada atravessei a porta.

Encontrei Nádia parada na porta,me encarando com curiosidade.

-Você sabe que não pode mais fazer o que fez ontem,não sabe? Não pode mais aparecer aqui no hospital tarde da noite para visita-la.

-Eu sei.-disse por fim.-Mas...Não tem nenhuma forma?

-Não,a não ser que você queira ir pedir pessoalmente ao dono do hospital.-ironizou Nádia.

Ponderei por uns instantes,e por fim decidi.Eu iria falar com o dono.Eu aceitei esse emprego para ajudar os meus tios e para me sentir mais responsável,mas agora eu tinha um motivo bem maior.

-Está bem,eu vou.

-Você o que? Ficou maluco? Eu nunca vi o dono desse hospital,mas soube que ele não é nada legal com os funcionários,principalmente com os de meio período.

-Eu vou,não me importo,não tenho nada a perder.

-Humpft. Tudo por causa dessa garota..-Falou,me analisando.-Você não a conhece,não faz ideia de quem ela seja,e mesmo assim,posso perceber,que você faria e fará de tudo por ela.Mas...porque? Você disse que não está apaixonado por ela,então porque?

Os Contos De ElizabethOnde histórias criam vida. Descubra agora