4. Será que eu tenho sempre que te lembrar?

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- Você está fazendo de novo, Alice. - A voz de Leo soou mais agitada do que deveria.

- Estou fazendo o que? - Os olhos da jovem ergueram-se para encontrar a expressão preocupada do rapaz.

- Isso! - Ele ergueu o corpo da cadeira de uma só vez. - Está se fechando num mundinho apenas seu, e me deixando de fora, e já tínhamos combinado que você não agiria desta forma.

- Escuta aqui, Leo.. - Ela começou e apontou a faquinha de serra na direção dele, já que antes estava concentrada em picar um tomate em pedaços iguais para uma salada que estava pretendendo fazer. - Você sabe que não sou lá uma pessoa muito aberta, não venha me cobrar a amplitude de comunicação agora.

- Não é lá uma pessoa muito aberta? - Ele repetiu as palavras dela, fazendo aspas desdenhosamente com os dedos. - Você é a pessoa mais comunicativa que conheço na vida, você vive cercada de amigos, Alice. Por favor, não subestime a minha inteligência.

- Como é? - Ela jogou a faca dentro da pia e pousou as mãos sobre a cintura de um jeito petulante. - Quer dizer que você está comparando a minha capacidade de comunicação com a minha incapacidade de me abrir sobre meus sentimentos?

Ele bufou e cruzou os braços em volta do peito na intenção de defender-se de algum ataque imaginário.

- Não foi isso que eu quis dizer... - Ele ponderou por um instante.

- Foi exatamente isso! - Ela gritou.

- Não faz isso... - A voz de Leo era apenas um sussurro.

- Isso o que?

- Fazer um escândalo toda vez que eu tento me aproximar de você. - A voz dele saiu mais seca do que o planejado e sentiu lágrimas formando-se nos olhos castanhos, o que fez com que ele desse às costas para Alice, mesmo sabendo o quanto ela odiava quando ele o fazia.

Um minuto de silêncio entre ambos e Leo tentava equilibrar os sentimentos confusos que haviam invadido seu íntimo.

- Estamos perto o suficiente agora? - Alice perguntou com voz aveludada enquanto seus braços envolviam a cintura do rapaz por trás.

- Você sempre faz isso..

- Isso o que? - Ela estava tão colada nele que Leo sentia os seios médios de Alice esmagarem suas costas com força.

- Isso... - Ele abaixou os braços pois já estava rendido. - Desviar o foco das nossas brigas com sexo.

Alice  mordiscou o braço magro de Leo algumas vezes e apertou mais os dentes contra o ombro dele, mesmo que por cima da camisa, sabendo que isso provocaria um intenso arrepio nele. As mãos do homem agarraram às dela com força e ela soube que tinha vencido aquela batalha. Ela mordeu o pescoço dele, deixando uma marca na pele e esse movimento desencadeou uma reação inesperada em Leo. Rapidamente, ele desfez o nó que as mãos dela faziam em sua cintura e a puxou para frente pelo braço, repetindo o movimento dela e a abraçando por trás. Um gritinho esganado escapou dos lábios de Alice quando ele agarrou seus seios por baixo da camiseta que vestia, ignorando o fato de que a mulher ainda estava com o sutiã. Caminhando alguns passos, Leo forçava que Alice o acompanhasse até que a encurvou sobre a mesa de jantar. Enquanto amassava um seio com a mão, Leo desceu a outra até o cós do jeans surrado que Alice vestia e, com rapidez, desfez o encaixe do botão e baixou o zíper. O short de Alice escorregou pelas pernas, ficando enroscado em seu tornozelo. A respiração de ambos era profunda e entrecortada e Alice  virou o rosto de lado enquanto levava as mãos para trás e puxou a cabeça dele para que pudesse capturar sua boca num beijo lascivo. Leo não poderia esperar muito tempo e baixou a bermuda de tactel que vestia apenas o suficiente para libertar seu membro endurecido, e puxando a calcinha de Alice para o lado penetrou-a de uma vez.

- Leo! - Um grito exasperado saiu da garganta da mulher, mas o quadril dela moveu-se de encontro a ele.

- É pra você sempre lembrar... - Ele murmurou esta frase várias vezes enquanto faziam amor.

Alice [Não escreva aquela carta de amor]Onde histórias criam vida. Descubra agora