Revenge or Love l.s

Cap. 15 x

Harry POV.

Eu já não sentia a palma da minha mão, acho que já havia adormecido, pelo tanto de tempo que meus pulsos estavam amarrados para trás.

Eu estava morrendo de fome, sentia meu estômago gritar dentro de mim, me sentia fraco, desidratado, já não sabia mais dizer a quantos dias estava aqui, não consigo ver a luz do dia, não sei quando é noite e quando é dia.

Minhas roupas estavam pingando suor, esse lugar era uma espécie de caixa de madeira enorme, eu estava praticamente fritando portanto concluí que estava de dia.

O homem gordo e barbudo entrou no local como sempre e eu pude ver a luz do dia do dois ... Segundos.

- Bom dia, minha Princesa! - eu já nem me estressava com ele, e o jeito estranho que ele me chamava, ele até que era legal.

A gente conversava de vez em quando, ele lia o jornal para mim, me dava água, eu tinha em mente que ele não era o cabeça daquilo, para ele eu estar ali era um peso, uma obrigação, alguém mandava ele ir ali e ficar de olho em mim, esse homem não ligava para mim, e eu já tinha consciência disso.

Eu queria saber o que o mandante dele queria comigo, talvez nem ele sabia, por isso nunca disse, essa história de " você precisa sumir do mapa por uma tempo" não me convencia nem um pouco, eu precisava sumir para que?

Era o que eu queria saber, o que mais me preocupava era o Louis e minha mãe, eu não saberia o que eu seria capaz de fazer com alguém que os machucasse.

Balbuciei um bom dia, mas o pano na minha boca impediu que o que eu disse fosse compreendido, aquele pano machucava muito minha boca, muito mesmo.

- Vamos fazer assim... - O "Zé" como eu chamo, já que ele não tem um nome, pelo menos não me disse nenhum, se sentou na cadeira a minha frente. - Eu tiro esse troço da sua boca, se você prometer que vai ficar quietinho, até porque se gritar, ninguém vai te ouvir no meio do nada. Okey?

Concordei com a cabeça e ele se levantou e desamarrou o pano, suspirei em alívio, como era bom poder mexer meu maxilar novamente.

- Então você tem nome? - perguntei calmamente, ele não me transmitia medo, pelo menos não mais.

- Não. - respondeu seco e se sentou novamente em sua cadeira.

- Okey, te apelidei de Zé, pode ser? - ele me olhou semicerrado.

- Okey, princesa. - acabei rindo e ele também, ótimo! Sou amigo do meu sequestrador, parabéns Harry Styles.

- Tá com fome, princesa?

- Quase definhando tá bom pra você? - Drama faz parte.

- Tá ótimo, uma amiga, tá fazendo uma comida quentinha para você, me agradeça mais tarde.

- Eu não deveria agradecer a ela, já que é ela quem tá fazendo.

- Tá muito abusada princesa! Fica na sua! - ele estava rindo, é parece que meu sequestrador também gosta de mim, probabilidade de morte para mim desceu para uns 25%. Eu espero.

Mais alguns minutos se passaram e uma menininha de uns 6 ou 7 anos no máximo entrou no local.

Ela abriu a porta com dificuldade, pois segurava um prato de comida nas mãos.

Ela era loirinha e tinha olhos azuis, parecia uma bonequinha, ela parou entre nós dois.

- Quem é o Harry? - perguntou confusa.

- Sou eu! Porque?

- Comida! Ela colocou o prato na minha perna, junto de uma toalha para não queimar minhas pernas.