Capítulo 2 - Melina - Parte II

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Melina conhecera o Dr Nelson Martino em um congresso na cidade de Salvador e mesmo sendo uns 14 anos mais velho que ela, não a desmotivou. Ele era bonito, corpo em forma e tinha um apetite sexual imenso. Havia afinidade entre eles e o caso lhe agradava, pois o médico morava em São Paulo e, por ser casado se viam quando podiam e sem muita "pressão". Não era muito frequente, mas era constante. Normalmente Nelson é quem a visitava no Rio de Janeiro, mas naquele sábado Melina estava em São Paulo para um congresso e ambos resolveram se encontrar. O doutor a buscou em seu carro no hotel. Estavam rindo e conversando em direção ao motel quando uma ligação tocou no celular e ele foi atender pelo Bluetooth do carro, mas antes pediu para ela ficar em silêncio, Melina concordou. Era a esposa no celular dele querendo saber onde ele estava e porque tinha saído ao sábado pela manhã. Ele explicou que já tinha falado que estava indo para o congresso pediátrico e a mulher até estava aceitando, porém o celular de Melina começou a tocar em sua bolsa. Ela abriu pegou o aparelho aflita e desligou, mas já era tarde.

- Que telefone é esse que está tocando no carro? Se você está indo para o congresso porque tem um celular dentro do carro que não é seu?

- Amanda, meu amor, não é nada. Eu parei para abastecer e é alguém aqui do lado de fora com um celular tocando.

- Pra merda que é isso! Seu desgraçado! Está com uma puta no seu carro! Seu filho da puta! Você não vai me trair de novo! Não vai me fazer passar pela merda toda! Quem é essa vadia no seu carro? Sua puta! Está me ouvindo? Está sabendo que esse brocha do seu lado é casado? Gosta de foder com médicos casados? Essa porra de homem de seu lado tem três filhas, você sabe disso? Fala alguma coisa sua cadela sem vergonha!

Melina estava com muita raiva e o sangue lhe subia a cabeça, controlou-se o máximo que pôde para não responder àquela barraqueira. Queria dizer para aquela voz que se estava com o homem dela era porque ele quisera, Nelson quem a procurara e que fosse lamentar a vida com o marido e não com ela.

Queria dizer que não era uma puta, dava porque gostava, dava porque tinha prazer e o "homem dela" era só um parceiro sexual, que se a esposa traída fizesse tanta questão então o que levasse para puta que pariu e aprendesse a pagar um boquete decente e foder com primazia para prender seu homem, ou que o satisfizesse a ponto dele não precisar arrumar uma parceira fora de casa, mas não disse, guardou toda raiva em si e ficou quieta.

Ouviu a briga dos dois que pareceu uma eternidade. Por fim ele conseguiu acalmar a histérica e desligou a ligação a tempo do carro entrar no motel.

Ela entrou no quarto, jogou a bolsa em um canto e veio com fúria. Apontou e empurrou dedo indicador no peito do médico enquanto gritava:

- Seu filho da puta desgraçado! Acha que sou mulher de ficar aturando esposas histéricas e psicóticas? Essa merda acaba agora. Só entrei na porra desse quarto pra poder deixar isso claro!

- Mel, por favor - ele veio para abraçá-la e ela o empurrou com força.

- Não me toque seu bastardo dos infernos! Eu nunca passei por isso em minha vida e não pretendo passar novamente.

- Meu amor não diga isso.

- Amor? Não sou seu amor. Sou sua foda e você é a minha! A gente fode enquanto é bom e eu digo que agora chega. Acabou!

Então aquele homem se jogou aos seus pés e lhe agarrou as calças brancas, coisa que nenhum homem havia feito. Era humilhante. Melina o empurrou com o sapato e ele caiu de costas no chão. Pisou com seu escarpim branco sobre o peito dele e do alto falou.

- Seu verme! Acha que eu vou tolerar baixaria da barraqueira de sua mulher? Você que fique com a histérica e seja muito feliz - pisou mais forte com salto sobre o peito e ele gemeu de dor. - Está entendendo? Quero que você esqueça que eu existo!

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