Capítulo 2

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  Me levantei de sua cama, que no ar ainda paira o cheiro do seu doce perfume.

  Abri a porta,a maçaneta está fria, mostrando como a queda da temperatura tinha sido rápida.

  Fui para a garagem, onde há vários carros de luxo, que ela mal sabia dirigir, pelo menos ela não soube dirigir o último, afinal ela não teria batido, teria?

  Entrei em sua Ferrari fazendo com que ligue com as transmissões de meus pensamentos.

   E dirigi super rápido pela estrada, não precisei perguntar qual delas, afinal meus pensamentos já me mandavam para um lugar, e eu o seguia, mesmo estando totalmente para baixo, não pode ser verdade!

  O carro está em sua maior velocidade, se eu atropelar um pássaro, o carro com certeza irá capotar, mas infelizmente não morrerei.

  Até que vi, uma ambulância, dois carros de polícia, e um carro do necrotério.

  Desci correndo do carro, e corri até lá:

— Ei, ei! — o cara gritou, os cabelos são grisalhos, é um coroa do FBI.

— Pensei que não trabalhavam com isso — digo.

  Uns peritos criminais tinham cercado o local do acidente, enquanto o carro estava totalmente prensado contra uma árvore enorme, o que restou foi a traseira dele, mas mesmo assim, dava a impressão de carro batido brutalmente.

— Você não pode passar — ele diz.

  Olhei para ele, e seus olhos verdes me encararam, fixei meus pensamentos sobre ele, ele colocou as mãos na cabeça, como se estivesse sentido uma grande dor, como não, ele está sentindo muita dor!

— Sou o namorado dela — respondi, me arrependendo por ter feito isso.

  Ele corre até os médicos do local, e comenta sobre sua suposta dor, me aproximei do local, e todos eles pensavam em como tinha acontecido.

  Quando vi o estado que o carro estava, meu coração gelou, sim, eu tenho um,  os sentimentos de uma Serafim, e a frieza de um anjo caído.

   O carro estava totalmente prensado contra a árvore, mal dava pra ver a cor dele, só restou o porta malas, a batida foi muito forte,mas Mary não está no carro, me virei pra ambulância, tinha alguém na maca coberto, segui até lá, e tinha sangue por todo lado:

— Posso vê-la? — perguntei para uma das enfermeiras.

— Sinto muito, ela se foi —  ela respondeu, e logo fechou as portas para que eu não entrasse.

  Me afastei dali, e me sentei ao gramado, totalmente despedaçado, o que vou fazer sem Mary?

  Minhas mãos foram ao meu rosto, em total estado de choque meu, eu chorava de uma forma que nunca fiz antes, isso é pior do que qualquer dor,  porém não me arrependo de ter me apaixonado por Mary, eu não sei o que vou fazer agora sem ela.

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