Capítulo 38

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- A rendição é o primeiro passo.

- Não vou fazer isso - falei.

- Tudo bem, preciso que atraia ela, e a tranque em um quarto, eu entrarei com outros dois anjos em seguida, mas não garanto que irá funcionar - Luke disse.

{...}

  O som estava alto, muita bebida, adolescentes se drogando, outras duas festas atrás, uma moça tinha morrido afogada na piscina, outra morrido enforcada, ambas a Mary estava, talvez ela estaria fazendo isso, talvez não, mas era coisas improváveis.

Entrei na casa, vi Mary, estava sentada perto do bar, usava uma roupa branca decotada nas costas, o vestido também revelava suas pernas.

- Não sabia que curtia festas - falei me sentando ao seu lado.

- Brincadeira não é? - ela disse se levantando.

- Onde vai?

- Tenho uma missão a cumprir aqui - ela disse erguendo o copo -, foi um prazer te ver.

  Segurei seu braço, a puxando para trás.

- Onde vai?

- Está me machucando - ela respondeu.

- Foi você quem matou as meninas?

- Ah senhor certinho - ela respondeu tirando minhas mãos dela -, você não faz idéia das minhas maldades.

- Por que? Por que está fazendo isso?

- Porque paguei o preço da minha alma e eles pagaram o deles - Mary estava com uma expressão de sarcasmo, era evidente que ela tinha feito tudo isso, que estava gostando.

- Você não tem o direito...

- Não! Não me diga que direito eu tenho, você tinha vindo pra me matar lembra?

- Han?

- No quarto do hotel - ela respondeu.

- Não sou mais assim Mary.

- Claro que não, conheceu o amor não é? - ela disse rindo.

- Não tem porquê matar essas pessoas - eu estou sério, sabia o que vinha em seguida, no fundo eu temia, mas sabia que seria necessário -, vem comigo.

Ela virou a cabeça para o lado, na direção de um rapaz com uma garota se beijando no sofá da sala.

- Ele vai morrer hoje - ela disse sorrindo.

- Você o conhece?

- Não, mas ele trai a namorada quando da festas na casa dele, estou despedaçando ele, pedacinho por pedacinho - ela estava gostando, estava se divertindo.

- Quem você é? Uma justiceira?

- Não Cam. Mas gosto de ver as pessoas sofrerem - ela disse indo em direção a ele.

  Segurei seu braço novamente, antes de chegar ao rapaz, Mary não entende o porquê de tanta insistência.

- Vem comigo - falei baixinho próximo ao seu rosto.

- Você está tentando me seduzir? - ela perguntou rindo.

  Fazia tempos que não ouvia o som da sua risada de verdade, consegui mudar seu caminho nesse instante.

- Talvez devesse me dar um chance, sou bom em muitas coisas - falei.

- Não vou pra cama com você - ela respondeu erguendo a sobrancelha direita, apertando os lábios inferiores, seguindo de um sorriso.

  Me aproximei lentamente, dando um beijo nela, sua língua procurava por muito mais do que isso.

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