Capítulo 7

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Isso foi como uma grande solução para mim.

Quando pensei nisso, dei um pulo da cama de felicidade.

***

Cheguei no belo e gigante castelo de meu pai, entro sem permissão.

Ele está sentado, lendo uma Bíblia, e o fogo da lareira está alto, com um copo de vinho na mesa, me sentei em sua poltrona:

- Imaginei que você viria aqui, depois de sua amadinha ter morrido.

Ele disse com tanto nojo, que pulei em cima dele, seus olhos me fitaram, paralisando meu corpo:

- Não pode contra mim - ele fala.

Fiquei um tempo sem ar, e ele me empurrou na parede. Caminhou lentamente até mim:

- É uma merda né, quando vemos que não adianta ser quem somos, porque sempre terá um meio humano na história?

Usei todas minhas forças, e me soltei, ele se impressionou:

- Uau, não é que aprendeu alguma coisa?

Lhe lancei um olhar, de tanto ódio:

- Era isso que eu queria ver filho, esse olhar.

- Seja lá o que você quer, pouco me importa, quero saber onde está a Mary? - perguntei.

Ele fecha a bíblia, e olha para a lareira, fazendo o fogo se abaixar:

- Não sei.

- Mas é claro que sabe! Se ela não foi para o céu, em algum lugar do inferno ela está - falo - Você como o que comanda, deve saber.

- Eu avisei que essa garota ia dar trabalho - diz Loren entrando na sala.

Ela usava um vestido longo como sempre, desta vez era branco, apertando contra o corpo, dando para ver cada detalhe dele, mas não queria me ligar nisso, ela só me dava nojo.

- Qual a sensação de ser tão bela? - pergunto.

Ela pousa as mãos em seus seios as descendo para as coxas:

- Todos me desejam.

- Não quis dizer bela de beleza, quis dizer uma bela vagabunda - digo.

Ela ri, tenho nojo de saber que tive algo com ela:

- Cameron! Menos - ela falou sentando sobre a escrivaninha do meu pai.

- Por que? Ficou magoada? - falei rindo.

Ela se aproximou de mim, pegou nas minhas mãos.

- Suas mãos Cameron, só mostra o quanto é fraco - ela falou brava.

Senti algo incomodando, era um papel, então disfarces e o guardei no bolso da bermuda.

- Por que você não brinca de morrer? - perguntei a ela.

- Cameron, talvez você queira trabalhar comigo novamente, agora que...

- Não! Nem pensar! Eu odeio você.

  Em seguida sai de lá, abrindo o papel que ela tinha escrito.

CondenadosOnde histórias criam vida. Descubra agora