Capítulo 8

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São exatamente, onze horas e 58 minutos... Sinto meu coração palpitar. Tenho que ir, mesmo que meu corpo inteiro peça a cama, meu coração pede para descer para aquela cozinha e ouvir tudo o que o Bruno tem a dizer.
Bom, seja o que Deus quiser.

Adentro a cozinha e vejo Bruno sentado comendo um pedaço de bolo. Dou um sorriso e fico observando, ele usa um pijama cinza e seu cabelo esta meio desgrenhado.

- Vai ficar me olhando, linda?

Droga... Ele me viu.

- Quem sabe.

- Vem!

Caminho até ele e me sento na cadeira ao seu lado. Bruno pega um pedaço de bolo no garfo e o leva até sua boca. Logo em seguida me olha e lança aquele bendito sorriso malicioso.
Deus, me guie...me guie.

- Para.

- Parar com o que? - ele diz empurrando o prato com o bolo para longe e se virando para mim totalmente.

- Com esse sorrisinho.

- Ah meu amor, esse sorriso é o meu sorriso! Eu não posso parar, só porque ele te seduz.

Como?????
Ele disse isso mesmo????

- Sabe o que eu acho? - digo.

- O que? - Bruno começa a se aproximar de mim.

Droga!!!

- Que você esta muito... Muito saidinho. - sussurro em seu ouvido quando ele beija meu ombro e me faz estremecer.

Ele fica em minha frente e estamos tão próximos que sinto sua respiração... Não podemos ficar tão próximos assim, eu não confio em mim.
Bruno sorrir malicioso e beija o canto da minha boca me deixado totalmente sem chão, se eu estivesse em pé... Já estava morta.

- Bru... Bruno... - gaguejo.

Odeio gaguejar, ainda mais em momentos como esse. Eu entrego a minha fraqueza fácil.

Sem pensar mais, nos beijamos com intensidade, com fervura...nos beijamos com paixão. Meus dedos passeia pelos cabelos desgrenhados dele e nosso beijo se intensifica mais.
Bruno me puxa e me sento em seu colo. Eu preciso voltar a mim, mas não consigo. Se alguém aparecer aqui eu estou na rua. Paro o beijo e seguro seu rosto e ele sorrir.

- O que foi? - sussurra.

- Não podemos.

- Quem disse isso? - pergunta.

- Eu... - Me levanto do colo dele e caminho até a geladeira. - Se foi para isso que você me chamou, eu vou subir e vou dormir.

- Elisa, nós estamos gostando um do outro. O que tem demais nesse beijo?

- Tudo! Primeiro que você é filho dos meus patrões. Segundo que eu... Eu não gosto de você...

- Esse segundo não me convenceu. - ele sorrir. - Elisa, para com isso, vem... - ele estende a mão e pisca para mim.

Passo meu olhar para sua mão, para sua boca e fecho meus olhos. Faço isso umas 1.000 vezes. Ele balança a mão e diz:

- Minha linda, por favor!

- Tchau, Bruno! Boa Noite!

Saio da cozinha e subo o mais rápido que posso. Se eu ficasse por mais alguns segundos naquela cozinha, eu não responderia pelos meus atos.
Adentro ao meu quarto e graças a Deus minha mãe não percebeu que eu sai.
O que eu vou fazer? Estou começando a sentir algo por ele. Mas eu não posso, não posso ter nada com o filho dos meus patrões.

O Melhor De Mim - CompletoOnde histórias criam vida. Descubra agora