Resolução

577 41 13
                                    


Foi estranho olhar para o homem deitado atrás de si e ver que ele realmente estava ali, mesmo estando preocupada com Itachi, que o tinha ido ver, Sakura decidiu esperar o momento certo para fazer seus questionamentos a Madara, mas não esperava que o mesmo a abordasse primeiro de uma forma suspeita.

Deu uma leve suspirada sobre o peito daquele que lhe acolhia, fechou os olhos e deu breve sorriso, se permitindo aproveitar mais um pouco aquela companhia. Seu sossego não duraria muito, pois quem achava estar dormindo na verdade estava bem acordado.

Já havia notado a inquietação dela e mesmo assim preferiu ficar fingindo, quando Sakura finalmente sossegou abriu os olhos e encarou o teto, queria não estar tenso, pois poderia levantar qualquer suspeitas, mas realmente tinha que ser rápido.

- Você precisa vir comigo – disse sem sentido algum, despertando curiosidades em Sakura.

- O que? – apoiou a cabeça sobre o palmo da mão. – Não posso – respondeu inocente.

Madara olhou descrente para aquela mulher, não posso? Simulou sua pergunta através de seu olhar, o que foi o suficiente para ela entender que teria que se retratar. Sakura riu diante daquilo, não entendeu nem o porquê de ter achado graça na expressão dele.

- Olha – se recompôs. – Eu não posso ir com você, alem do que, também tem o Itachi – disse com seriedade, tendo suas desculpas completamente ignoradas pelo outro. – Eu devo, mesmo que mínima, uma satisfação para ele!

- Não estou te convidando, estou afirmando que você virá comigo – Sakura olhou estatelada para aquele que se sentia seu dono e forçou um sorriso.

- Não – insistiu, tendo um Madara repreensivo a seu lado. – Eu vou tomar um banho! – levantou-se sem se importar com a carranca em sua cama e deu as costas.

O Uchiha inventou, em sua mente paranóica, mil e um motivos para levá-la dali nem que fosse arrastada – tudo isso por que o contrariou com convicção, em certo ponto, o homem sentia que aquela mulher não seria sua por mera intimidação, ela não apresentava sentir medo dele, não aquele medo que nos faz baixar a cabeça e concordar com tudo que o outro diz, não, ela não sentia isso e fazia questão de esfregar na cara dele.

Suspirou.

Elas não são tão diferentes nesse ponto. Constatou ao comparar seu passado com o presente, até puxou os lábios para o canto, sentindo nostálgico por aquele pensamente.

Trocou de roupa antes que ela voltasse para o quarto, tinha em mente que não podia andar pela vila naquela forma então voltou a ser quem era noite passada.

Odiava aquilo.

- Itachi? – foi irônica. – Pretende sair?

- Vou até a pararia – passou por ela ignorando o brilho cínico que ela mantinha nos olhos. – Arrume suas coisas! – a encarou uma ultima vez antes de sair.

Ela riu.

Já na rua, enquanto se encaminhava até a outra esquina, Madara fora abordado de forma inusitado por certo alguém que até mesmo teve vontade de passar por cima.

- O que pensa que está fazendo?! – irritado, Sasori não recuou em arrastá-lo pelo braço até um canto mais discreto.

O Uchiha se impressionou com aquilo, não sabia se queimava a marionete ou se a jogava no mais profundo inferno com o seu kamui. Mas, acabou ficando a espreita, imaginando que Itachi e Sasori tivessem problemas a resolver.

- Estou indo a padaria – respondeu com ironia, irritando ainda mais o menor.

- Não se faça de desentendido, Madara!

Esquecendo o passado para viver o presenteOnde histórias criam vida. Descubra agora