Gravidez

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No dia seguinte, a Haruno sentia-se mais leve, caminhava pelas ruas de Konoha totalmente despreocupada, ninguém estragaria seu dia, não mesmo. Ao chegar ao prédio, onde subiu até sua sala e separou algumas papeladas, não se importando com a presença do outro nem muito menos se intimidando pelo silêncio observador, saiu em seguida para ir até uma lojinha comprar um acessório básico, algo que não costumava usar, mas estranhamente queria passar apenas para se sentir mais atraente, um batom. No corredor, antes de descer as escadas, Sakura parou seus passos no topo e se virou, pois desde o momento em que saiu da sala de Madara sentiu-se seguida por uma sombra bastante familiar.

- O que você quer? – o afrontou, sentia-se indiferente a ele naquele momento, realmente não estava se importando com aquela presença, não como antes.

- Você não tem nada a declarar? – questionou, sondando em torno dela. – Fechou a cortina impedindo-me de ver o interior... – insinuou, ficando lado a lado. – Não vi o porquê daquilo, não reportei a Naruto por que espero por sua explicação.

- Não há o que reportar de importante, Madara apenas estava se incomodando com a claridade excessiva – falou sem nervosismo, sentindo-se totalmente avessa aquela sensação de preocupação sobre uma possível queixa relacionada ao homem em questão.

- Sei. Não se esqueça que estou de olho – desceu o primeiro degrau.

- Eu sei, e realmente não me importo com isso – a vontade de fazer qualquer coisa que fosse no pátio esterno ate passou, acabou ignorando Sasuke com um singelo sorriso nos lábios e retornou para a sua sala, onde sentiu-se vitoriosa por perceber que aquele obstáculo estava começando a ser superado.

- Bom dia, senhor Madara – o cumprimentou, não ligando para o silencio dele e indo sentar-se para então iniciar suas tarefas.

Os dias seguiram rápido, mal contou e quando percebeu já haverá se passado um mês desde que começou a trabalhar ali, com o Senhor Silêncio. Até então Sakura subentendeu que, as relações sexuais que teve com Madara eram todas de mera casualidade, mesmo com aquele sorriso querendo transparecer com as lembranças, a jovem se convenceu de que nada mais teria dele.

Estava sendo difícil conviver ali, e teve dias que o Uchiha nem compareceu no escritório, o que a deixava angustiada, com a necessidade de saber onde ele estava. Era horrível se sentir dona de uma pessoa quando a mesma parece não estar nem aí para você.

Droga!

A sensação de apego crescia a cada dia, às vezes mordia a parte interna da bochecha só para sossegar as idéias estúpidas que estava começando a ter sobre Madara. O único lado bom nisso tudo foi que os sonhos conturbados com Sasuke cessaram e, em troca algo diferente crescia se direcionando para o lado de Madara.

Suspirou.

Ainda não tinha saído de casa, o chá da manhã não desceu legal e acabou colocando o mesmo para fora, além disso, estava no banheiro recompondo as forças que acabara de perder. Quando se levantou, baixando a cabeça para procurar as sandálias, sentiu uma forte tonteira pesar em sua nuca, as pálpebras fecharam e por pouco não se espatifou naquele chão, pois conseguiu jogar-se sobre o vaso.

- Kami-sama, o que foi isso? – alinhou alguns fios de cabelo, sentindo a pressão arterial baixar rapidamente.

Não fez esforço algum, apenas se aquietou esperando que todo o seu corpo cessasse as tremedeiras, minutos depois já estava na cozinha procurando algo que pudesse sanar aqueles sintomas, só chá e uma pitada de sal não seriam suficientes.

Optou por não ir trabalha naquele dia, mas se preocupou sobre avisar Madara, na verdade, se preocupou por que não o veria, até se assustou ao constatar o quanto queria vê-lo todos os dias. Novamente se culpou pelos pensamentos e ignorou os sentimentos, se recusando a aceitar aquilo.

Esquecendo o passado para viver o presenteOnde histórias criam vida. Descubra agora