Manipulação

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Aos poucos Madara conseguiu o que com toda a certeza destruiria mais rápido do que o tempo que levou para conquistar: a confiança de Sakura.

- Vai ser um menino forte e saudável – ela disse.

- Sim, ele será – confiante Madara lhe fez uma proposta. – Venha comigo para outro lugar, um lugar mais iluminado e aconchegante.

O homem precisava ser muito confiante para acreditar que ela não fugiria, mas Sakura estava em uma fase sensível, se ela tentasse algo suspeito Madara teria tempo mais que suficiente para encurralá-la.

- Não, alguém poderá me ver – touché! Um cínico sorriso adornou aqueles finos lábios transbordando confiança, segurança e até mesmo paixão aos olhos de Sakura.

- Não se preocupe, enquanto estiver sobre minha torre nada lhe acontecerá – assegurou a ela.

- Tudo bem.

Seis meses, a Haruno estava em seu sexto mês de gestação, caminhando rapidamente para o sétimo, já estando mais que apta a dar a luz, mesmo que forçada.

Madara não era nenhum tolo, por mais que Sakura estivesse confiando em sua pessoa para protegê-la, te-la em sua cama seriam outros que entram. Estava fora de cogitação. A mulher parecia não dar a mínima nesse quesito, seus pensamentos só focavam em seu filho, seu corpo só tinha energia para gastar carregando aquela barriga e nada mais parecia lhe interessar.

- Você pode ficar aqui, meu quarto é ao lado, quero que se sinta confortável enquanto estiver sobre meu teto – em pé frente à porta, Madara apresentava o aposento em que ela se acomodaria.

Num súbito momento de lembrança a mulher perguntou sobre os demais.

- Onde estão Nagato e Konan?

- Foram fazer uma longa missão fora da vila – sorriu lembrando que os havia sugado para outra dimensão para poder tirar Sakura daquele buraco. – Já lhe disse que não precisa se preocupar com sua segurança. Estou sendo cauteloso.

- Obrigada, Madara.

...

Mais um mês se passou e o Uchiha decidiu que já estava na hora, Sakura tinha que confiar nele de todas as formas, e quando o dia finalmente chegasse ela precisaria estar do lado de fora da torre, pois assim não levantaria suspeitas. Hoje seria seu terceiro e penúltimo passo na missão.

- Quero levá-la a um lugar, poderia me acompanhar? – a pegou de surpresa enquanto escovava o cabelo despreocupada.

- Claro.

Madara havia mandado um marceneiro preparar uma pequena carruagem que coubesse pelo menos duas pessoas, tendo em mente que a mulher não aguentaria andar por tanto tempo nem muito menos usar tanto chakra durante o passeio ele providenciou um veiculo que facilitasse tudo.

Um cocheiro guiava os cavalos enquanto que os dois permaneciam dentro da caixa de madeira.

Com o queixo apoiado sobre as dobras dos dedos, Madara mantinha os olhos direcionados a figura sentada de frente para a sua pessoa, e a mesma se mantinha inquieta diante daquela expressão um tanto intimidadora.

- Pare de me olhar dessa forma – pediu desviando os olhos para a pequena janela, mal conseguia olhar no rosto dele sem sentir vergonha.

- Estou observando seus traços – disse sem medir as palavras, as bochechas da outra coraram. – Você mudou bastante desde... – fechou os olhos por míseros segundo e voltou a fita-la. – A casa de campo – sem um mínimo de decência sorriu malicioso para ela, que apenas remexeu um pouco as pernas e ajeitou os fios de cabelos que insistiam em se bagunçar devido o vento.

Esquecendo o passado para viver o presenteOnde histórias criam vida. Descubra agora