Temores

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Aquilo seria um problema, ou talvez não.

Madara saiu de Konoha disfarçado de Itachi sem que outros o percebessem, ele retornou para a vila da chuva, onde tinha um tipo de base secreta, que fora criada por Nagato quando a Akatsuski ainda era uma ameaça para o mundo ninja.

- Madara, seu desgraçado! – o mesmo nem deu confiança. – Nos solte, seu infeliz! – em nada parecia se importar com aquele homem.

- Pare de reclamar, agradeça que não o matei – antes de entrar por um corredor isolado, olhou para o ruivo atrás das grades e falou irônico: - Contenha-se Nagato, Konan não parece muito bem. Quanto mais chakra vocês tentam usar, mais ele será absorvido pelas barras. Sabe muito bem disso, foi você que criou isso com a ajuda de Sasori.

- Maldito! – gritou antes que ele sumisse.

Um sorriso ironicamente vitorioso adornava os lábios do homem, as coisas realmente pareciam estar saindo de acordo com o plano.

Uma sala em particular, reservada e adaptada para uma gestante, foi onde Madara liberou Sakura de seu kamui. Assim que a rosada se viu trancada entre quatro paredes ficou incrédula, quase surtando ao olhar para Madara, mas ao invés de gritar com ele e ate mesmo tentar agredi-lo apenas lhe olhou com raiva e desprezo, dando as costas para ele e ficando surda muda para qualquer tipo de conversação que ele quisesse ter ali.

Aquilo foi como dar uma punhalada no orgulho daquele Uchiha.

Era difícil olhar seus olhos de indignação sem ver seu passado bem ali, na sua frente. Sakura tinha uma personalidade forte, não sabia como ela reagiria diante de tudo, principalmente se soubesse de seu envolvimento em meio a tanta crueldade. Às vezes se condenava pelo pensamento, outras, apenas esquecia seus sentimentos e focava no "bem maior" que tudo aquilo lhe traria.

Idiota.

Não teve o que dizer a ela, não foi difícil notar que Sakura não lhe daria ouvidos ou até mesmo razão por aquela atitude, saiu dali com sua expressão fria estampada em sua cara lavada, mas no fundo estava com tanto ódio que seria capaz de matar o primeiro estúpido que o irritasse.

...

- Imagino que ela esteja com a barriga bem acentuada – uma voz rasteira e até então persuasiva dizia, referindo-se a mulher que Madara trouxe.

- Sim – limitou-se em sua resposta.

- Eu devo ir até ela agora? – um menor, de presença não muito insignificante, porém extremamente irritante aos olhos de Madara se pronunciou.

- Não, ainda não – sussurrou Orochimaru, dando uma risada cínica e se rastejando para longe dali.

- Onde você pensa que vai, Sasuke? – Madara o chamou assim que notou ele ir em direção a porta.

- Para um lugar onde você não esteja presente – soou falso, fazendo desdém a soberania do outro.

- Não – o encarou sério. – Você ficará a espreita, seu irmão ainda está na vila e, alem do mais, você não pode mais ser visto por aí.

- O que te faz pensar que é melhor do que eu nesse jogo?! – irritado, Sasuke respondeu como se tivesse sido desafiado pelo outro.

Convicto de sua soberania, mesmo que Sasuke negasse em baixar sua cabeça, lentamente Madara puxou um sorriso no canto dos lábios, conseguindo soar mais psicopata do que o próprio Sasuke quando desafiado anteriormente.

Esquecendo o passado para viver o presenteOnde histórias criam vida. Descubra agora