Alfonso Herrera narrando
O sol forte da manhã entrava pelas janelas do meu quarto e tinha como ponto de encontro minha cama, exatamente onde eu dormia. Me virei irritado e tateei ao meu lado o colchão, procurando por um corpo pequenino que havia deixado ali noite passada, mas nada encontrei.
Na cama não havia nada e eu dormia sozinho naquela imensidão branca. Me sentei e olhei para o chão procurando o vestido de Anahí mas as únicas roupas que se encontravam espalhadas eram as minhas. Suspirei um tanto aliviado por não tê-la ali comigo, apesar de ter ficado muito chateado por ter sido deixado dormindo sozinho depois da noite que tivemos, em poucas horas Emily e Maite iriam chegar e encontrar Anahí na cama comigo não iria ser algo legal de se presenciar ou fácil de explicar.
Nunca tinha sido deixado sozinho antes por nenhuma mulher e essa primeira vez me incomodou um bocado, mas não podia esperar outra coisa vindo de uma mulher como Anahí, já deveria imaginar que ela fosse me deixar pela manhã no momento que caímos exaustos na cama. Um vazio tomou conta de mim, algo estranho, uma sensação diferente. Eu queria tê-la ali ao acordar, queria começar meu dia bem, na cama com ela e passar o resto do dia assim, mas ela se fora... E nem o dinheiro do programa levou.
Me levantei da cama e me espreguicei sentindo todo meu corpo estralar e relaxar, era incrível como Anahí me relaxava, no dia seguinte meu corpo, por incrível que pareça, parecia renovado. Minha mente relaxava também e todo aquele estresse da semana era substituído por uma grande paz de espirito. Anahí tinha um poder sobrenatural sobre mim que eu não consegui identificar ou explicar porque eu era tão influenciável por ela.
Quando não estávamos juntos eu queria estar com ela, queria sempre tê-la em meus braços, em minha cama... Queria ter o prazer de vê-la com uma camiseta minha após termos transado ou tomar um longo banho para nos relaxarmos ainda mais. Como era possível eu desejar tanto uma mulher como desejava Anahí? Como havia dito antes, eu estava enlouquecendo e o motivo dessa minha insanidade era nada mais nada menos que uma prostituta...
Revirei os olhos mentalmente e me levantei indo em direção ao closet, peguei uma bermuda e sai de meu quarto, na sala eu conseguia ouvir a voz suave de minha filha e a risada baixa de minha irmã e sorrindo fui em direção a elas.
- Bom dia mulheres da minha vida! - Sorri animado as cumprimentando.
- Wow! - Emily olhou para mim um tanto assustada e Maite segurou o riso. - Pai, quem foi a tigresa que te atacou essa noite? Você está horrível, Herrera!
- Emily tem razão, Alfonso, sexta feira foi o chupão e agora você aparece com marcas de unha no peito... - Maite riu.
- Quando vai nos apresentar a dona dessas unhas, ein? - Jogou uma almofada do sofá em mim. Me virei lentamente para o espelho da sala só então notando a situação em que minha pele se encontrava.
Em meu peitoral tinha um rastro de unhas que tinha inicio em meus ombros e desciam até meu peito, me virei de costas encontrando algo ainda pior. Em minha testa se formou uma carranca e eu fiz uma careta de desgosto estando um pouco envergonhado por essas marcas. Essa era a segunda vez que Anahí deixava sinais de nossa noite em mim e apesar de gostar daquilo na hora, era horrível esconde-las depois.
- Sinceramente, não estou a fim de conhecê-la! - Emily revirou os olhos e cruzou os braços mal humorada.
- Mas a noite de vocês pareceu ter sido agitada ein... - Mai debochou e Emily soltou um riso envergonhado. - Revirei os olhos, ela não iria parar e falar sobre isso enquanto elas não sumissem.
- Ok vocês duas, vou tomar banho e colocar uma camisa já que minhas lindas marcas estão atrapalhando vocês... - Passei a mão pelo meu peitoral tentando não me mostrar encabulado por elas terem visto a situação em que meu corpo se encontrava pós sexo com a Anahí. - E enquanto eu me arrumo, vão pensando no que vamos fazer hoje e o que vamos comer, porque eu estou faminto!
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Soho Dolls (Adaptada)
RomanceAnahí Portilla era uma prostituta de vinte e três anos. Alfonso Herrera um médico bem sucedido de trinta e três. Ela perdera os pais aos dezesseis e ele a esposa aos vinte e nove. Ela não tinha ninguém e a única pessoa que ele possuía era sua filha...